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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Sábado 22/10/2016


Sábado, 22 de outubro de 2016


“Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las.” (Madre Tereza de Calcutá)




EVANGELHO DE HOJE
Lc 13,1-9

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.­
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar. Uma grande multidão ajuntou-se em seu redor. Ele entrou num barco e sentou-se ali, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. Ele falou-lhes muitas coisas em parábolas, dizendo: "O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. Outras caíram em terreno cheio de pedras, onde não havia muita terra. Logo brotaram, porque a terra não era profunda. Mas, quando o sol saiu, ficaram queimadas e, como não tinham raiz, secaram. Outras caíram no meio dos espinhos, que cresceram sufocando as sementes. Outras caíram em terra boa e produziram fruto: uma cem, outra sessenta, outra trinta. Quem tem ouvidos, ouça!"

www.paulinas.org.br/diafeliz
  

Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.







MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz

A figueira sem figos

Vou colocar adubo na figueira. Pode ser que ela dê fruto.
Este Evangelho narra que contaram a Jesus um fato trágico: Houve dentro do Templo um motim de judeus vindos da Galiléia. A guarda romana entrou na área reservada somente aos judeus, e matou violentamente a todos.
Os que deram a notícia a Jesus esperavam dele uma solidariedade aos judeus mortos, e um repúdio à profanação do lugar sagrado.
Mas Jesus chama a atenção para algo mais importante: Esse judeus eram violentos, iguais aos soldados que os mataram. Neste momento de comoção nacional, Deus chama todos à conversão, pois é dessa que depende a vida mais importante, a eterna.
O povo judeu era pequeno e fraco; não havia nenhuma saída diante do poder opressor, a não ser a fé, que depende do perdão sem limites.
Muita gente interpreta as catástrofes – enchente, incêndio, acidente... – como castigos de Deus. E se é a própria pessoa que é vítima, ela se pergunta: Que pecado eu fiz para merecer isso?
Essa mentalidade descarta a vida futura, e pensa que Deus deve castigar os maus e premiar os justos aqui na terra. E nem nos lembramos que Jesus era justo e sofreu a vida inteira. Maria Santíssima e os demais santos também.
Deus Pai não é como nós; ele “faz brilhar o sol sobre maus e bons, e cair a chuva sobre justos e injustos” (Mt 5,45). Deus nos adverte através de sinais; mas nem sempre converte os pecadores, enviando-lhes desgraças.
Às vezes um favor de Deus é para nós motivo de conversão: como Deus é bom para mim, apesar de eu ser tão ingrato a ele! Foi isso que aconteceu com Zaqueu (Lc 19,1). Na verdade, só há um castigo de Deus: perdê-lo para sempre.
É comum encontrarmos no Antigo Testamento Deus castigando o povo com desgraças. Isso porque eles não tinham clareza sobre a vida futura, sua fé ainda era imperfeita. Temos, entretanto, o exemplo de Jô, um servo de Deus que sofreu a vida inteira.
“Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros? Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo.” As catástrofes são sinais de Deus a nós, não para julgarmos as vítimas, mas para “por a nossa barba de molho”. Através delas Deus nos convida à conversão.
E Jesus cita outra catástrofe, que também era comentada pelo povo: O prédio (torre) que caiu em Jerusalém, matando dezoito pessoas. E repete o alerta: “Se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”.
Vamos aproveitar as notícias de catástrofes para a nossa conversão, pois nós também podemos ser vítimas e, de uma hora para outra, morrermos.
Na parábola da figueira, Jesus deixa claro que a nossa conversão se mostra pelos frutos, isto é, pelas nossas boas obras. Não adianta ser uma figueira bonita, se não dá fruto. O mundo está cheio de pessoas de ótima aparência, mas pouco fruto.
Boas obras, nós sabemos: é não falar mal dos outros, falar só a verdade, ser justo, perdoar, amar o próximo, ajudar os necessitados...
“O machado já está posto à raiz das árvores. Toda árvore que não der bom fruto será cortada e jogada ao fogo” (Mt 3,10).
“Vou colocar adubo na figueira. Pode ser que ela dê fruto.” Foi o pedido do vinhateiro, quando o dono queria cortar a figueira. Que bom se nós fôssemos como este vinhateiro, fazendo alguma coisa pelas pessoas que estão no caminho errado, ou perdem tempo sem fazer boas obras! “Os que tiverem ensinado a muitos o caminho da virtude, brilharão como as estrelas, por toda a eternidade” (Dn 12,3).

Certa vez, um homem resolveu separar-se da esposa e disse a ela: “Vou separar-me de você. Você pode separar tudo o que é importante para você nesta casa, que eu fico com o resto”.
Ela respondeu: “Sim, mas antes vamos fazer uma festinha. Assim as crianças se divertem, dormem e depois nós faremos a divisão”.
Então prepararam um churrasco, e convidaram os amigos. Como ele estava tenso, acabou bebendo um pouco exagerado e, quando as visitas foram embora, ele dormiu.
Enquanto ele dormia profundamente, a esposa, com a ajuda dos amigos, tirou todas as coisas do quarto do casal, menos a cama dos dois, em que ele estava dormindo, colocou no quarto as crianças, e dormiu ao lado dele.
Quando, no outro dia cedo, ele acordou, perguntou assustado o que havia acontecido. Ela disse: “Você não me pediu para separar o que é mais importante para mim? Já separei. Para mim, o mais importante é o que está aqui: você e os nossos filhos”.
Como o vinhateiro da parábola, essa senhora ainda acreditava na sobrevivência da família; por isso quis ainda “colocar um pouco de adubo” na tentativa de salvá-la.
Maria Santíssima era uma boa árvore, que produziu para nós o melhor fruto do mundo: Jesus, nosso Salvador. Santa Mãe de Deus, rogai por nós!
Vou colocar adubo na figueira. Pode ser que ela dê fruto.







CASA, LAR E FAMÍLIA


6 razões para você perdoar seu cônjuge
O perdão é como o amor, quanto mais é exercido, mais se torna parte do ser que o concede.


Michele Coronetti

Não é fácil, mas perdoar ainda é o melhor se tratando de relacionamentos. Muitas vezes o desânimo se instala e a vontade de simplesmente desistir chega. Talvez estas razões ajudem nos momentos delicados e difíceis onde o perdão precisa ser exercido.

A paz interior, no ambiente e entre o casal é realmente valiosa. Refletir sobre o que tem realmente mais importância ajuda nesta decisão. Muitas vezes o casal decide continuar de mal um com o outro, com olhares de mágoa e rancor, sem olhar nos olhos, sem tocar e sem dirigir a palavra um ao outro. Será que atitudes como essa realmente são construtivas para o casal? O perdão ofertado será muito mais proveitoso do que olhares de reprovação ou outras negatividades. E mesmo que a culpa não é sua, a paz interior que o perdão traz ganha de qualquer outro sentimento.

2. Porque você também erra

Seres humanos são passíveis de erros e ninguém é perfeito. Sendo assim, quando há perdão para o cônjuge, ele acumula uma dívida para lhe retribuir o mesmo. Erros simples, mas que machucam a alma podem ser esquecidos e superados com o perdão mútuo. E a vida será assim, uma vez um errando, na outra o companheiro, e o perdão sendo concedido a cada um.

3. Porque o casamento está em primeiro lugar na sua vida

Quem mantém este pensamento vai longe. Quando os esforços do casal se concentram em seu relacionamento, o que for necessário para que tudo fique bem será feito. E isso inclui dar o perdão independente da falta cometida. Mantendo o casamento como prioridade fica mais fácil resolver questões simples e corriqueiras. Perdoar sinceramente fará parte deste protocolo.

4. Preceito

Caso tenha crescido em um ambiente cristão, conhece a importância do perdão no âmbito religioso. Perguntaram a Jesus quantas vezes deveriam perdoar a alguém uma ofensa, e a resposta do Mestre foi que fosse perdoado até setenta vezes sete. Há muitas interpretações para esta passagem, mas analisando o contexto a partir do que foi escrito apenas, devemos perdoar 490 vezes o mesmo erro da mesma pessoa. Refletindo sobre isso podemos supor que uma pessoa não consegue repetir o mesmo erro por tantas vezes, e fica claro que devemos perdoar a todos os erros de todas as pessoas. Com o cônjuge não é diferente.

5. Amor

Quem ama perdoa, e essa frase já foi ouvida por todos algumas vezes. Mas a verdade é que o amor pode superar tudo, inclusive a mágoa adquirida através dos erros do cônjuge. E ao oferecer o perdão, o amor se fortalece e cria vínculos mais fortes ainda entre o casal. A tristeza pelo erro do cônjuge com certeza virá e poderá demorar um pouco, e só será vencida através do amor sincero e do perdão.

6. Exemplo

Estamos sempre sendo observados e criticados. As pessoas notam aos outros com vários fins, para seguir o exemplo ou para passar a informação adiante. Por isso o melhor é fazer o certo, pode inspirar amigos, familiares, filhos e outras pessoas à volta.

O perdão é como o amor, quanto mais é exercido, mais se torna parte do ser que o concede.







MOMENTO DE REFLEXÃO


Ela se chamava Mega e tinha uma chefe terrível. Quando Mega chegava pela manhã e falava "bom dia", a chefe respondia com uma pergunta:
- Por que não chegou mais cedo?
Se chegasse antes da hora, a chefe não estava lá, mas ficava sabendo e lhe perguntava se ela não sabia qual o horário do expediente, mesmo depois de trabalhar ali há tantos anos. Era uma mulher má, implicava com tudo, até que um dia Mega se cansou e decidiu se demitir:
- Vou sair, mas antes vou dizer tudo o que tenho vontade.
Exatamente naquele dia ela estava almoçando quando encontrou a Dra. Casarjian que a convidou para assistir a um treinamento, naquela tarde ao que ela respondeu:
- Não posso, tenho expediente a cumprir.
- E por que não?
Mega falou sobre a chefe que vivia implicando com ela e a Dra. Casarjian lembrou que pior a situação não poderia ficar, além do que, se a chefe lhe desse uma bronca por faltar ao trabalho, naquela tarde, ao menos teria motivo.
Mega lembrou que no dia seguinte iria se demitir, por isso resolveu ir ao encontro. Ali ouviu referências a respeito do perdão. A Dra começou a palestra:
- O perdão é bom para você... Se você perdoar alguém que o ofendeu ele continua do mesmo jeito mas você se sentirá bem. Se você perdoar o mentiroso, ele continuará mentiroso mas você não se sentirá mal por causa das mentiras dele.
Ao final do treinamento, Mega concluiu que a sua chefe estava muito doente e tirou a chefe da cabeça e tomou uma resolução:
- Não vou deixar que ela me atormente mais. E nem vou abandonar o trabalho que eu gosto.
No dia seguinte, Mega chegou e cumprimentou sua Chefe:
- Olá.
A chefe foi logo lhe perguntando o que tinha acontecido. Ela estava diferente. Mega falou que havia participado de um treinamento e que estava bem consigo mesma e até convidou a chefe para tomar chá, ao final da tarde.... a reação veio logo:
- Você está me convidando só para eu não reclamar de você?
Mega calmamente lhe respondeu:
- Pode reclamar, até mandar descontar as minhas horas. Mas eu insisto no chá.
E foram. Durante o chá, a chefe falou da sua surpresa em ter sido convidada para aquele chá. Ela sabia que era intratável... também falou da sua emoção... nunca ninguém a convidara para um lanche, um café e acabou por falar das suas dores. O marido lhe batia, o filho vivia no mundo das drogas. Por isso ela odiava as pessoas... era infeliz e agredia.
Semanas depois, era a própria chefe que comparecia ao novo treinamento da Dra. Casarjian a respeito do perdão.
Perdoar é libertar-se. Quando alguém nos agride é porque este alguém está a um passo do desequilíbrio e não pode nem imaginar o quanto se encontra enfermo.
Sem dúvida, a felicidade pertence sempre àquele que pode oferecer, que a possui para dar. Nosso maior exemplo é Jesus... poderia ter reagido às agressões, mas preferiu perdoar e amar, por saber que aqueles que o afligiam eram espíritos atormentados em si mesmos... por essa razão, dignos de perdão.




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