Terça-feira,
20 de Setembro de 2016
“Os quatro
Evangelhos, todos eles, dão-nos o retrato de uma personalidade muito definida,
obrigando-nos a dizer: ‘Esse homem existiu. Isso não pode ser inventado.”(H. G.
Wells)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 8,19-21
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 19a mãe e os irmãos de Jesus aproximaram-se, mas não podiam chegar perto
dele, por causa da multidão. 20Então anunciaram a Jesus: “Tua mãe e teus irmãos
estão aí fora e querem te ver”. 21Jesus respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são
aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática”.
www.paulinas.org.br/diafeliz
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Minha
mãe e meus irmãos são aqueles ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática.
Este
Evangelho narra que a mãe de Jesus, junto com alguns parentes, que na língua hebraica
são chamados de irmãos, aproximaram-se de Jesus, mas não podiam chegar perto
dele, por causa da multidão. Contaram a Jesus, e ele aproveitou para nos falar
da sua outra família, a Igreja: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem
a Palavra de Deus, e a põem em prática”. Todos nós temos a alegria de pertencer
a esta segunda família de Jesus, a não ser que algum de nós esteja desligado da
Igreja, pois não basta ouvir a Palavra de Deus, e sim praticá-la.
A
Bíblia tem uma força enorme de transformação da pessoa que a lê ou escuta,
porque o Espírito Santo vem com a sua Luz e a sua Força para ajudar. Além de
nos converter, a Palavra de Deus nos congrega em Comunidade, atrai-nos para a
Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica. Assim, além de irmãos de Jesus, nos
tornamos também irmãos entre nós, formando uma grande família, que é chama a
Família de Deus.
Em
outra ocasião, Jesus falou que a ação da Palavra de Deus em nós é parecida com
a ação do fermento, que é colocado na massa de pão. Ela produz uma transformação
lenta e silenciosa, mas forte e irresistível. Quem ouve a Palavra de Deus e a
acolhe com um coração aberto, devagarinho vai vencendo o pecado, corrigindo os
vícios e crescendo na fé, na esperança e na caridade, tornando-se, como diz S.
Paulo, uma nova criatura.
A
afirmação de Jesus de que sua mãe e seus irmãos são os que ouvem a Palavra de
Deus e a praticam inclui em primeiro lugar sua própria Mãe. Ela foi a pessoa
que melhor praticou a Palavra, inclusive dando-nos essa Palavra viva de Deus Pai,
que é Jesus.
É
difícil saber qual foi a maior grandeza de Maria: ser Mãe de Jesus na carne ou
ser sua discípula na fé, acolhendo de modo incondicional a Palavra divina. Por
isso ela é o nosso melhor modelo, como cristãos. Por sua constante meditação da
Palavra e das ações de Jesus (Cf Lc 2,19.51), Maria é a discípula mais perfeita
do Senhor”.
Certa
vez, dois rapazes amigos estavam andando na rua, numa cidade pequena e
desconhecida deles. Era domingo pelo meio dia. De repente, viram uma festa em
um quintal aberto. Muito churrasco, schopp à vontade, com músicas lindas.
Com
em festas de casamento há amigos do noivo que a família da noiva não conhece, e
vice-versa, eles resolveram entrar de penetras. Mas não foram só eles os
penetras. Apareceram muitos.
Quando
eles estavam comendo e bebendo à vontade, o dono da casa parou a música, subiu
numa cadeira e disse: “Por favor, os convidados da noiva fiquem deste lado
aqui”. Uma turma foi para a direção indicava. E ele continuou: “Agora os
convidados do noivo fiquem deste outro lado aqui”. Outra turma foi para lá.
Então o dono da casa disse: “Vocês todos podem cair fora, porque esta festa é
de quinze anos da minha filha”.
Que
vexame, não? Na Igreja, há lugar para todos e todos somos convidados a ela.
Mas, se não praticarmos a Palavra de Deus, podem acontecer vexames como este!
Minha
mãe e meus irmãos são aqueles ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática.
COMPORTAMENTO
A
Terceira Armadilha Da Mente Humana: O Medo De Reconhecer Os Próprios Erros
Por Portal
Raízes
O
medo de reconhecer erros é, acima de tudo,
o medo de se assumir como um ser humano com suas imperfeições,
fragilidades e incoerência. Formamos nossa personalidade em uma sociedade
superficial que esconde nossa humanidade
e supervaloriza nosso endeusamento.
Hoje
quem está brilhando poderá, amanhã, cair em desgraça para que outro o
substitua. O pódio é cíclico, não há espaço para dois primeiros lugares. Além
disso a mídia constrói e destrói mitos. Podemos ter dignidade para estar entre
os primeiros lugares – ainda que nunca subamos no pódio – e mesmo fiquemos
entre os últimos lugares.
Uma
minoria ganha o Oscar, O Nobel, o Grammy. Uma minoria torna-se ícone social,
profissional e espiritual. Mas, como veremos, podemos desenvolver os hábitos
dos homens e mulheres excelentes e brilhar ainda que nunca sejamos um ícone;
podemos revolucionar o ambiente em que estamos, ainda que anonimamente.
Por
vivermos em uma sociedade que valoriza os super-heróis, negamos consciente ou
inconscientemente nossa humanidade. Temos medo de assumir que somos mortais,
falíveis, demasiadamente imperfeitos. Não há sábios que não tenham loucuras.
Gostamos de ver as chagas dos outros, não a nossa. Os noticiários televisivos
expõem as falhas alheias e cativam nossos olhos enquanto ficamos da sala
silenciosa, escondidos de nós mesmos em nossas poltronas.
Errar
é humano, mas não admito meus erros
O
ser humano é de um lirismo ácido. A energia gasta pela necessidade neurótica de
ser perfeito é caríssima, esmaga o prazer de viver.
O
medo da crítica, do vexame, da rejeição, tem feito mentes brilhantes apagarem
seus luzeiros. Por nada e ninguém podemos deixar de decifrar o código da
espontaneidade. Quem não o decifra, pouco a pouco se deprime. Nossa liberdade
não pode estar à venda por preço algum. Mas a vendemos por bobagens, a trocamos
com incrível facilidade.
Quando
alguém nos aponta um erro, mudamos de cor e troamos de humor. Quando alguém revela alguma atitude estúpida,
ficamos indignados. Nada tão absurdo!
Nada tão imaturo!
Nas
relações desiguais, o vírus do orgulho contagia em frações de segundo o cérebro
daquele que se considera superior, levando-o a
silenciar a voz do que está em posição inferior. Quem usa a relação de poder para impor suas
ideias não é digno do poder em que está investido.
Quem
não decifra os códigos da inteligência acaba formando jovens insensíveis,
frios, que só pensam em si mesmos. Quem os decifra e os aplica tem grandes
chances de formar pensadores que decifrarão e aplicarão também esses códigos de
inteligência.
O
código do amor
Amai ao próximo como a ti mesmo está corretíssimo
do ponto de vista psicológico, psiquiátrico e sociológico. Quem é o
próximo? O próximo não foi definido, porque inclui todas as raças, todas as
culturas, todas as religiões. Só foi definido quem deve decifrar o código do
amor: Amar os outros como a si mesmo. Intrigante sabedoria!
Há
pessoas educadas, que nos primeiros cinco minutos de conversa são
agradabilíssimos, parecem ser angelicais, mas conviver com elas é um tormento.
Tecem mil argumentos para sustentar suas atitudes. Nunca reconhecem seus erros,
nunca pedem desculpas. Sugam a energia dos outros por falar muito e procurar
excesso de atenção. Não cresceram psiquicamente.
O
homem Jesus teve reações que chocaram a humanidade e nos deu grandes lições.
Decifrou códigos nos quais seus mais importantes seguidores tropeçaram. Jesus
era seguro, lúcido, coerente, enfrentava os vales do medo com incrível coragem,
mas quando precisou decifrar o código das lágrimas não se segurou. Quando
precisou se despir da força e decifrar o código da autenticidade admitiu sua
dor com clareza, disse que sua alma estava deprimida até sua morte. Quando
atravessou o deserto do desespero não se calou. Discorreu com sabedoria sobre o
seu drama.
Um
ser humano maduro não tem medo de si mesmo. Muitos não sabem que decifrar o
código para falar de si e reconhecer seus erros e limitações é altamente
relaxante, reconfortante, agradável.
Reconhecer
nossas debilidades, entrar em contato com nossa realidade nua e crua não é
apenas um passo fundamental para oxigenar nossa inteligência, reeditar a
memória e superar nossos conflitos. Mas também para mergulharmos nas águas do
descanso e bebermos nas fontes da tranquilidade.
É
preciso decifrar os códigos da inteligência para cumprir esses nobres
objetivos.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Outro
dia, folheando a revista Veja num consultório médico, li uma reportagem
bastante interessante que mostrava, com estatísticas, que as crianças de origem
asiática, que vivem no Brasil, apresentam um desempenho escolar superior ao dos
estudantes brasileiros.
O
texto explicava que, nas classes onde elas são maioria, o silêncio e a atenção
são uma constante.
Ouve-se
claramente a voz do professor explicando a matéria.
Dizia
também que essas crianças dedicam nove horas diárias ao estudo (cinco na escola
e quatro em casa) enquanto que as nossas, apenas cinco (as da escola)
Quando
chegam em casa, essas crianças pegam seus cadernos, livros e estudam. Fazem os
deveres de casa que o professor passa, lêem, treinam equações matemáticas etc
Enquanto
os brasileirinhos, em sua maioria, vagueiam pelas ruas empinando pipa ou
jogando bola.
Com
isso, os asiáticos do nosso país estão conseguindo os melhores postos de
trabalho (que são justamente aqueles que exigem maior qualificação e preparo)
Em
empresas com ótima remuneração, assistência médico-hospitalar e condições de
ascensão profissional.
E
tudo isso me fez lembrar de uma menina brasileira que morava no Japão e veio
visitar os parentes que ficaram aqui.
A
tia dela era Orientadora na escola onde lecionávamos.
Certo
dia estávamos em nossas classes, tentando dar aula e explicar a matéria para os
alunos que, como sempre, só conversavam e brincavam de costas para a lousa...
enquanto isso, a tia , nossa orientadora, vagava com a garota pelos corredores
da escola, procurando uma classe mais calma, onde a sobrinha pudesse ficar
resolvendo as questões de uma provinha de terceira série que ela (tia) havia
preparado, para verificar o aproveitamento e a adaptação da menina na escola
japonesa.
Mas
a menina ficou aterrorizada com a gritaria dos nossos alunos e preferiu
resolver a prova na Biblioteca, alegando que não conseguiria concentrar-se com
aquela bagunça
Perguntamos
então o que acontecia, na escola dela, com os alunos que só queriam brincar,
não estudavam e não respeitavam o professor em sala de aula
Ela
disse que eles eram castigados
Perguntamos
então qual era o tal castigo.
E
sabem o que ela respondeu????
Que
não sabia, porque na classe dela nunca havia visto um aluno conversar durante
as explicações ou desrespeitar seu professor....
Perceberam
a diferença?
Nas
escolas públicas de São Paulo, as salas de aula são superlotadas, com até 45
alunos por classe.
Para
esse auditório, o professor tem que ensinar:
-o
conteúdo das disciplinas (Matemática, Português História, Geografia, Ciências)
+ cidadania+ valores + educação sexual + higiene +saúde + ética + pluralidade
cultural.
Deverá
também funcionar como psicólogo, assistente social, orientador educacional e
orientador pedagógico, desempenhando também todos os deveres familiares que a
sociedade resolver transferir para a escola.
Nossos
alunos dizem que as aulas são chatas e alegam que não gostam de ler,que ler não
é divertido....que jogar bola e empinar pipa é melhor...
E
todos logo gritam em coro:
-
Culpa dos professores que não dão uma aula divertida e atraente para as
crianças.
A
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo surge em cena alegando que o
aluno que temos é assim mesmo e que os professores precisam aprender a
ensinar...
Rotula
o magistério oficial como “professores nota zero”
O
que eles querem esconder é que temos em classe crianças ( filhos de eleitores)
que recebem o livro didático, cadernos e até mochilas mas “esquecem” em casa
para ficar brincando durante a aula...
Crianças
que não fazem lição de casa, não estudam e nem sequer prestam atenção as
explicações do professor em classe.
Para
agradar os pais eleitores, a Secretaria da Educação encaminha os professores
para cursos de “capacitação”, alegando que eles não têm mais capacidade para
ensinar.
Contratam
firmas para dar esses cursos que segundo eles, tem o poder de transformar
“profissionais despreparados” em professores criativos, prontos para dar uma
aula eficaz, envolvente, estimulante e, ao mesmo tempo, divertida , capaz de
fazer com que os alunos gostem mais da escola do que das partidas de futebol,
mais de leitura do que dos jogos no computador.... É claro que esse discurso de
responsabilizar o professor e varrer a sujeira pra baixo do tapete não vai
levar a Educação a lugar nenhum.
Mas
serve perfeitamente para justificar, junto a opinião pública, os baixos
salários pagos aos profissionais do estado que mais arrecada impostos no país.
Imagine
que você está doente, vai ao médico e ele prescreve determinado remédio
Você
não toma o medicamento, não faz a sua parte e culpa o médico por não
melhorar,..
Assim
acontece nas escolas públicas paulistas: o professor ensina e os alunos não
prestam atenção, não estudam, não fazem os deveres de casa , como nossos
amiguinhos asiáticos
Daí
vem o governo e culpa o professor pelo mau desempenho dos “estudantes”
Para
justificar mais uma vez a falta de reajustes e os baixos salários em SP o
governo implantou um sistema de avaliação. Os professores recebem um bônus por
produtividade, uma vez por ano, se os alunos estudarem, se os alunos não
faltarem; se os alunos não se evadirem; se os alunos ...
E
assim por diante!
E,
como o aluno não quer saber de nada, estamos sem reajustes desde que o PSDB
começou a governar (uns 11 anos) .
Sem
contar que, nesse sistema de bonificação por produtividade, os aposentados, por
não terem mais alunos, são castigados e estão sem reajuste há anos (desde que o
governo de SP passou a avaliar professores pelo desempenho dos alunos...)

A
verdade é que o educador deixou de ser modelo para os jovens: ganhamos mal, nos
vestimos mal e somos alvo constante da crítica social .
Hoje,
modelo para os jovens, são os milionários jogadores de futebol, pagodeiros e
outros mais que prefiro nem relacionar aqui...
Vamos
combinar, não dá para falar em Educação de Qualidade enquanto o profissional da
educação for sistematicamente desvalorizado , tratado pelo governo, pelas
famílias e pela mídia em geral como um inimigo público, um vagabundo etc.
Nessas
condições , que aluno vai querer ouvir o que uma pessoa assim tem a dizer?
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