Terça-feira,
19 de julho de 2016
“Deus te ama
por causa de quem Ele é, não pelo que você fez ou deixou de fazer.” (Regina
Brett-90 anos)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 12,46-50
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos
ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus:
“Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48Jesus
perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?”
49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus
irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus,
esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Bem
a frente desse momento, outra situação obrigou a Jesus ter “um mesmo peso”.
Todos devem lembrar quando dois dos seus discípulos pediram para sentar-se um a
sua direita e outro a sua esquerda e o Senhor pacientemente os exortou a
respeitar a divina escolha e ao divino tempo.
“(…)
Nisso aproximou-se a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se
diante de Jesus para lhe fazer uma súplica. Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela
respondeu: Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu Reino, um à tua
direita e outro à tua esquerda. Jesus disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós
beber o cálice que eu devo beber? Sim, disseram-lhe. De fato, bebereis meu cálice.
QUANTO, PORÉM, AO SENTAR-VOS À MINHA DIREITA OU À MINHA ESQUERDA, ISTO NÃO
DEPENDE DE MIM VO-LO CONCEDER. ESSES LUGARES CABEM ÀQUELES AOS QUAIS MEU PAI OS
RESERVOU”. (Mateus 20, 20-23)
Humano
e ao mesmo divino, Jesus poderia privilegiar os seus, mas deixava claro que
sociedade esperava que nascesse após a divulgação pública da Boa Nova: Uma
sociedade justa e longe das prevaricações. Essa talvez tenha sido uma das
“bandeiras” defendidas por Jesus que mais incomodavam aos doutores da lei: OS
PRIVILÉGIOS!
Sem
dúvida que o maior dos privilégios (ou quereres) a ser enfrentado era o
individual, pois por instinto, precisamos antes de tudo pensar primeiro em nós
e em seguida nos outros.
Esse
ato humano e natural vem à tona no sofrimento do Senhor no horto das oliveiras,
mas a Sua missão divina o move a continuar focado no caminho. Quem de nós
pensaria primeiro nos outros em detrimento ao meu querer? Jesus descarta o seu
privilégio divino e se oferece por sua criatura. Estudiosos, inclusive os mais
céticos, afirmam que Jesus era divino visto que andava na “contramão” do
raciocínio lógico, fisiológico e
psicológico que possuímos.
“(…)
O olhar de Cristo esconde nas entrelinhas complexos fenômenos intelectuais e
uma delicadeza emocional. Mesmo no extremo da sua dor ele se preocupava com a
angústia dos outros, sendo capaz de romper o instinto de preservação da vida e
acolher e encorajar as pessoas, ainda que fosse com um olhar… Quem é capaz de
se preocupar com a dor dos outros no ápice da sua própria dor? Se muitas vezes
queremos que o mundo gravite em torno de nossas necessidades quando estamos
emocionalmente tranqüilos, imagine quando estamos sofrendo, ameaçados,
desesperados”. (Augusto Cury – Mestre dos mestres)
Nosso
raciocínio lógico também se mostra convincente quando ao sermos perseguidos
optamos por desistir. Sim! Ninguém é obrigado a sofrer, mas de que vale
desistir sem lutar? Quais são os verdadeiros motivos que me fazem continuar?
Será que os motivos são tão pequenos que os tornam pequenos ao ponto de serem
descartáveis?
Evidente
que existem coisas que superam nossas forças mas muitos dos que desistem de
algo foi por que entrou na luta pelos motivos errados ou não acreditavam muito
no que queriam. Por exemplo quando luto pra ser chefe, por uma promoção E NÃO
TENHO TER LASTRO, COMPETENCIA OU CONHECIMENTO PARA TAL FUNÇÃO; quando quero ser
reconhecido numa função que fica por “trás das cortinas” e não no palco; quando
quero aplausos pelo meu lindo canto ou tapinhas nas costas por minha linda
pregação, será que estou maduro para entender que na verdade minha verdadeira
função era passar desapercebido para deixar que as pessoas vissem o Cristo e não a mim?
Motivos
justos nos motivam a perseverar, os “quereres” são descartáveis. É claro e
repito, que existe aquilo que esta além das nossas forças, mas isso é um tema
para outra reflexão
Quem
por ventura exerce uma liderança profissional, social ou comunitária, quais os
motivos que o levaram a assumir essa função? Quem há muitos anos “NÃO LARGA O
OSSO” e não treina substitutos, o que desejas com isso? Perpetuar-se? Isso se
chama tirania e não democracia.
Em
meio ao sofrimento do horto, das confusões, dos desentendimentos, optaríamos em
continuar? Jesus certa altura falou do peso dos “fardos” e hoje a reflexão que
ninguém terá tratamento diferenciado ou privilegiado perante os olhos de Deus.
E
por falar em diferenças…
Outra
coisa que precisamos repensar é o tratamento desigual que damos as pessoas em
troca de interesses. Por que temos a triste mania de tratar bem aqueles que
tenho algum interesse e passar desapercebido o simples? Será que a copeira não
deve ter o mesmo tratamento do diretor?
Por
estarmos num ambiente chamado igreja, deveríamos entender que lá seria um dos
poucos lugares no mundo onde não deveriam ter diferenças de tratamento, pois
para Deus somos todos iguais. O que doou cerveja e refrigerante para a festa do
padroeiro deveria ter o mesmo tratamento gentil daquele que doa suas duas
moedinhas no ofertório, pois o motivo que trouxe o simples de coração a aquele
local foi idêntico a mulher que enxugava os pés de Jesus com os cabelos
“(…)
Meus irmãos, na vossa fé em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, guardai-vos de
toda consideração de pessoas. Suponde que entre na vossa reunião um homem com
anel de ouro e ricos trajes, e entre também um pobre com trajes gastos; se
atenderdes ao que está magnificamente trajado, e lhe disserdes: Senta-te aqui,
neste lugar de honra, e disserdes ao pobre: Fica ali de pé, ou: Senta-te aqui
junto ao estrado dos meus pés, não é verdade que fazeis distinção entre vós, e
que sois juízes de pensamentos iníquos? Ouvi, meus caríssimos irmãos:
porventura não escolheu Deus os pobres deste mundo para que fossem ricos na fé
e herdeiros do Reino prometido por Deus aos que o amam? Mas vós desprezastes o
pobre! Não são porventura os ricos os que vos oprimem e vos arrastam aos
tribunais? “. (Tiago 2, 1-6)
Deixo
ao fim a reflexão proposta pelo site da CNBB
“(…)
Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não
permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama
os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai
lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos
mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família,
participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não
basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso
conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama
verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua
vida”.
Hoje
é dia de nossa Senhora do Carmo. Dia legal para reavivar as bênçãos sobre os
escapulários. Um abraço fraterno todo especial ao pessoal do nordeste que usa
esse texto toda segunda feira no terço dos homens.
Viva
Maria! Modelo de pessoa que pouco se importou em ter um local de destaque, mas
foi até o fim. Do anuncio do anjo até a ressurreição passando pela dor do
calvário e cruz ao ver seu filho sofrer, morrer e ser glorificado. Que pena que
não entendem a nossa admiração por essa mulher fantástica.
Um
imenso abraço fraterno.
COMPORTAMENTO
Mau humor: o
vírus mais perigoso
Você
sabia que mal o humor pode ser transmitido como se fosse uma doença contagiosa?
Isso foi investigado em alguns estudos recentes. Uma equipe dirigida pelo Dr.
Nicholas Christakis, um sociólogo da faculdade de medicina de Harvard, estudou
5124 pessoas. A equipe descobriu que é mais fácil transmitir um estado do humor
em um grupo do mesmo sexo.
Além
disso, o estudo revelou que ter um amigo alegre aumenta a probabilidade de que
a outra pessoa se sinta mais feliz. Mais surpreendente ainda é que o bom ânimo
transmitido a uma segunda pessoa pode ser retransmitido a um terceira e até a
uma um quarta pessoa.
Tendo
em mente algumas pessoas imaginárias para demonstrar este efeito, vamos
imaginar o seguinte cenário. Se Mercedes é sua amiga e ela tem uma atitude
positiva, é 15% mais provável que você também se sinta feliz. Agora, depois que
você interagir com Mônica, ela terá 10% mais de probabilidade de se sentir mais
feliz. Se Mônica, por sua vez, for amiga de Fátima, a probabilidade de que Fátima
se sinta feliz aumenta em 6%.
Este
exemplo serve para mostrar que, verdadeiramente, o humor pode ser dispersado em
corrente, tal como descreveu o Dr. Christakis: “similar àquelas pequenas ondas
que se propagam em volta de uma pedra quando é jogada num lago.”
Sendo
assim, o mau humor também é contagioso. De fato, segundo o médico Alex
Lickerman, em seu artigo “How To Manage Your Partner’s Bad Moods” (Como Lidar
com o Mau Humor de seu Parceiro, em português), os alunos de medicina, quando
atendem algum paciente deprimido, no geral, também se sentem deprimidos.
Como o mau
humor é transmitido?
Basicamente
nós passamos por um processo de três fases. O professor de psicologia da
Universidade de Monmouth, Gary W. Lewandowski Jr., explica o processo de três
fases em seu artigo, “Is a bad mood contagious?” (O mau humor é contagioso? em
português).
Primeiramente,
acontece a chamada Imitação Inconsciente. Nesta fase, uma pessoa copia os
gestos da outra sem perceber, como a ação de bocejar. Então, as pessoas podem experimentar
uma fase de retroalimentação. Por exemplo, se você ver alguém franzir a testa,
sem pensar de você pode franzir a testa também.
Agora
você começa a se sentir irritado por ter franzido a testa (segunda fase).
Finalmente, na terceira fase, você compartilha suas experiências até que suas
emoções e suas condutas fiquem sincronizadas.
Algumas
pessoas são especialmente mais suscetíveis a transmitir seu estado de ânimo;
podem mudar o humor de todos no escritório ou podem contagiar a todos em uma
reunião de amigos. Alguns psicólogos acreditam que isso se deve ao fato destas
pessoas terem rostos particularmente expressivos, e fazerem gestos chamativos.
O que
podemos fazer se precisarmos interagir com um “clássico mal humorado”?
Quando
alguém te trata mal, está de mau humor ou o arruína seu dia, o mais provável é
que a pessoa precise desabafar com alguém, compartilhando o que aconteceu com
ela. Não obstante, talvez sem nem se dar conta, você pode estar se tornando um
elo a mais na cadeia de humor.
O
psicólogo Dr. Alan Godwin sugere que, em vez de reagir da mesma maneira quando
alguém fala de maneira grosseira com você, o melhor é responder com uma frase
cuidadosa e antecipadamente escolhida. Por exemplo, sem se importar com o que o
Sr. Mal humorado disse, você pode resolver dizer-lhe algo como: “Viu como o dia
está lindo hoje?”
O
Dr. Godwin também observa que devemos estar preparados para que o otimismo não
seja correspondido e, ao mesmo tempo, tomar cuidado. Em outras palavras, para
se proteger do mau humor alheio, é preciso fazer um esforço consciente, para,
assim, fazer uma separação psicológica da mensagem negativa dessa pessoa e
lembrar que essas são as emoções dela, não as suas.
Concluindo,
lembre-se de que seu humor é muito contagioso. Assim, se você vai propagar uma
onda de humor sobre o resto do mundo… Não é melhor que seja uma onda de humor
positivo?
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Ninguém
muda ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos nos encontros.
Simples,
mas profundo, preciso.
Somos
transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para
sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.
Você
já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio, e as
pedras que estão em sua foz?
As
pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas.
À
medida que elas vão sendo carregadas pelo rio sofrendo a ação da água e se
atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo
polidas, desbastadas.
Assim
também agem nossos contatos humanos.
Sem
eles, a vida seria monótona, árida.
A
observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou
ruins, sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar
pela vida sem se permitir um relacionamento próximo com o outro, é não crescer,
não evoluir, não se transformar.
É
começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando
olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser várias marcas de pessoas
extremamente importantes.
Pessoas
que, no contato com elas, me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando
arestas, transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais
integrado.
Outras,
sem dúvidas, com suas ações e palavras me criaram novas arestas, que precisaram
ser desbastadas
Faz
parte...
Reveses
momentâneos servem para o crescimento.
A
isso chamamos experiência.
Penso
que existe algo mais profundo, ainda nessa análise.
Começamos
a jornada da vida como grandes pedras, cheia de excessos.
Os
seres de grande valor, percebem que ao final da vida, foram perdendo todos os
excessos que formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua
essência, e ficando cada vez menores, menores, menores...
Quando
finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da
existência e importância do outro, e principalmente da grandeza de Deus, é que
finalmente nos tornamos grandes em valor.
Já
viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos
quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago.
É
lá que está o verdadeiro valor...
Pois,
Deus fez a cada um de nós com um âmago bem forte e muito parecido com o
diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de amor.
Deus
deu a cada um de nós essa capacidade, a de amar...
Mas
temos que aprender como.
Para
chegarmos a esse âmago, temos que nos permitir, através dos relacionamentos, ir
desbastando todos os excessos que nos impedem de usá-lo, de fazê-lo brilhar.
Por
muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos
ruins.

Não
compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sentimentos
contraditórios e... os superando.
Ora,
esse sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento...
E
envolvimento gera atrito.
Minha
palavra final: ATRITE-SE!
Não
existe outra forma de descobrir o amor.
E
sem ele a vida não tem significado.
Roberto
Crema
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