Domingo, 24 de
julho de 2016
"Ainda
que seus passos pareçam inúteis; vá abrindo caminhos como a água que desce
cantando da montanha. Outros te seguirão...”(Antoine de Saint-Exupéry)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 11,1-13
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Um dia Jesus
estava orando num certo lugar. Quando acabou de orar, um dos seus discípulos
pediu:
- Senhor,
nos ensine a orar, como João ensinou os discípulos dele.
Jesus
respondeu:
- Quando
vocês orarem, digam:
"Pai,
que todos reconheçam
que o teu
nome é santo.
Venha o teu
Reino.
Dá-nos cada
dia o alimento
que
precisamos.
Perdoa os
nossos pecados,
pois nós
também perdoamos
todos os que
nos ofendem.
E não deixes
que sejamos tentados."
Então Jesus
disse aos seus discípulos:
- Imaginem
que um de vocês vá à casa de um amigo, à meia-noite, e lhe diga: "Amigo,
me empreste três pães. É que um amigo meu acaba de chegar de viagem, e eu não
tenho nada para lhe oferecer."
- E imaginem
que o amigo responda lá de dentro: "Não me amole! A porta já está
trancada, e eu e os meus filhos estamos deitados. Não posso me levantar para
lhe dar os pães."
Jesus disse:
- Eu afirmo
a vocês que pode ser que ele não se levante porque é amigo dele, mas certamente
se levantará por causa da insistência dele e lhe dará tudo o que ele precisar.
Por isso eu digo: peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a
porta será aberta para vocês. Porque todos aqueles que pedem recebem; aqueles
que procuram acham; e a porta será aberta para quem bate. Por acaso algum de
vocês será capaz de dar uma cobra ao seu filho, quando ele pede um peixe? E se
lhe pedir um ovo, vai lhe dar um escorpião?
Vocês, mesmo
sendo maus, sabem dar coisas boas aos vossos filhos. Quanto mais o Pai, que
está no céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Isaias Costa
No
evangelho de hoje vemos que Jesus ensina aos seus discípulos a oração perfeita!
A súplica dos discípulos em querer fazer uma oração perfeita toca no mais
profundo do coração de Jesus. Por isso Ele diz: “Quando quiserdes orar, dizei.
Pai nosso que estás nos céus.”
A
fórmula oracional ensinada por Jesus aos discípulos é simples, todos conseguem
compreender e todas as memórias conseguem guardar. Nada falta e nem sobra nesta
oração. Tudo nesta oração é novidade, sobretudo as palavras iniciais. Ao usar a
palavra Pai, Jesus aproxima o contato das pessoas com Deus. Pai, protetor.
Jesus
cria uma intimidade com o Pai. Até então, as orações eram protocolares, ou
seja, eram formadas por pensamentos vazios. Ex. “Demanda de Stotoetis, filho de
Apinguis, filho de Tesenuphis: Espero ficar livre de minha doença. Concede-me”.
Essa era uma típica oração aos deuses, que nada aproximava o humano ao divino.
O Pai Nosso aproxima o humano do divino.
Jesus
observa os olhares atentos e interrogadores dos discípulos. Por isso, após à
oração ele narra uma parábola aos discípulos. Ensinando que em suas orações
devem estar presentes a perseverança e confiança. À noite não é fácil atender
um amigo importuno. Todavia, a perseverança deve ser essencial.
Em
seguida Jesus faz uma comparação com o pão e pedra, peixe, serpente, ovo e
escorpião. Se o que pedimos é bom, Deus irá atender nosso pedido, mas se não
for bom, com certeza o pedido não será atendido. Deus concede o que é
importante para nós!
VIVENDO.
Querido
leitor. Assim como eu você deve ter aprendido a oração do Pai Nosso desde
criança. Lembro-me quando era, toda a minha família se reunia para rezar o
Terço. Em sempre queria rezar apenas o Pai Nosso. Essa oração me aproxima de
Deus.
O
Pai Nosso é uma oração universal. Não cita religião e nem quer levar seguidores
para uma religião. O Pai nosso é a oração de confiança. Mas quais são os
momentos que o rezamos? Apenas quando estamos apurados? Ou somente quando vamos
à Igreja?
No
decorrer da vida com essa oração aprendemos que quando rezamos o Pai Nosso
estamos pedindo e agradecendo. As vezes mais pedimos do que agradecemos. Claro
que Jesus afirma que devemos ser perseverantes. Porém, devemos, sobretudo
agradece o que conquistamos.
Sejamos
humanos, nada mais. Humanos que sabem agradecer e sabem pedir. Que em nossas
orações nossos pedidos não sejam egoístas, pelo contrário, vamos pedir por
aqueles que também necessitam. Seja humano. Simplesmente humano.
Você
pode, você consegue
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MOMENTO
DE REFLEXÃO
Ressentimento:
Poucas pessoas se dão conta de que esta palavra pode ter duplo sentido, quando
a analisamos sob a ótica da energia e não exclusivamente da expressão verbal.
No
aspecto positivo, pode ser considerada como um sentimento e ser confundida com
saudades e, no aspecto negativo, ser interpretada como mágoa.
A
maioria prefere encarar como energia negativa porque é mais fácil nos
posicionarmos como vítimas e agirmos como ressentidos.
É
uma postura pouco recomendada, mas, infelizmente, é melhor propagarmos o que
está ruim dentro de nós do que nos posicionarmos como quem não admite isso.
Estar
ressentido jamais quer dizer que estamos adubando uma sensação que não nos fez
bem. O ato de ressentir-se é ter novamente o mesmo sentimento que em algum
momento experimentamos ou vivenciamos.
Sou
o que penso ser. Sou o que fiz ontem. Sou o que me permito realizar, portanto,
é minha escolha manter este ou aquele sentimento e é minha profunda ignorância
aceitar que o retorno do sentimento continue me prejudicando.
Cada
momento que iremos viver na sequência é novo. Cabe a nós darmos a ele a
importância que queremos dar na continuidade de nossas ações.
Tenho
treinado bastante com meu Mestre a postura de abandonar as sensações ruins e me
manter firme no cultivo das boas. Este é o primeiro passo de uma evolução
consciente.
Confesso
que no começo não foi fácil. Eu tinha sido treinado, sem saber, para conviver
com emoções que nada agregam. Por quê? Porque é mais fácil assim. Porque o meio
era assim. Alguém tem que ter a responsabilidade de zelar e cuidar de mim. Meu
profundo engano era quando confundia o evoluir com caminhar.
Ora,
entregava tudo isso para um ser superior e me considerava produto dele. Quando
não conseguia, era este ser que não queria. Quando realizava algo, era ele que
me ajudava. Levei anos convivendo com isso e invariavelmente me posicionava
como produto de desejos de terceiros. Tinha que ter, sempre, um protetor...
A
primeira – Deixei de ressentir-me com coisas ruins.
A
segunda – Tornei-me muito mais guerreiro e responsável.
Meu
Mestre não é meu protetor. É meu professor. Ele me ensina princípios, eu traço
o caminho. Ele me mostra que ressentir-se por sentimentos negativos é um sinal
de profunda fraqueza humana.
Sentir
saudades... Isso é bom. Tão bom, mas tão bom que chega a ser bom de bom que
é...
Saul
Brandalise Jr
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