Segunda-feira,
27 de abril de 2015
“Chegará o
dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais, e nesse dia, um crime
contra um animal será um crime contra a humanidade.” (Leonardo da Vinci)
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 10,1-10
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, disse Jesus: 1"Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no
redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante.
2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3A esse o porteiro abre, e as
ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para
fora. 4E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e
as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. 5Mas não seguem um estranho,
antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos".
6Jesus
contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer.
7Então Jesus continuou: “Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das
ovelhas. 8Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas
as ovelhas não os escutaram. 9Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo;
entrará e sairá e encontrará pastagem. 10O ladrão só vem para roubar, matar e
destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Deus
é o grande pastor e Jesus a porta! Lembremos do evangelho da semana passada:
(…) SÓ PODERÃO VIR A MIM AQUELES QUE FOREM TRAZIDOS PELO PAI, que me enviou, e
eu os ressuscitarei no último dia. Nos Profetas está escrito: “Todos serão
ensinados por Deus.” E todos os que ouvem o Pai e aprendem com ele vêm a
mim.(João 6, 44-46)
Fazer
essas idas e vindas na leitura dos evangelhos nos permite contextualizar o que
esta acontecendo e de certa forma primar do entendimento, em separado, de um
determinado versículo em detrimento ao seu pré-texto, texto e contexto.
Ele
nos remete a intrigante solução de uma dúvida: A quem estamos ouvindo?
Gostaria
de trazer um exemplo da nossa realidade para fazermos uma analogia da situação
proposta. Convido-os comigo a imaginar… Imagine uma festa, um evento, um show…
Numa praia ou num lugar amplo, tipo daquelas festas de fim de ano que acontecem
em vários locais do Brasil.
Como
bem sabemos, nem todos se encantam ou são fãs dos cantores que se revezam no
palco, portanto, fazem suas “panelinhas” em palcos alternativos um pouco mais
afastado do som central. Isso é bem comum em festas dentro de bairros onde
pessoas, por meio de sons bem potentes instalados em seus carros, promovem
ilhas de som, competindo com o evento central onde se concentram a maioria das
pessoas. Precisamos notar bem a situação… Os dois eventos estão acontecendo simultaneamente
e competem entre si, mas quem sairá vencedor?
Vivemos
isso no que diz respeito à participação dos fieis na igreja. A missa para
muitos, principalmente os mais jovens, deixou de ser o “som central” da semana,
mas de certa forma isso não me preocupa, pois sempre fomos uma “ilha de som
alternativo”.
Sim!
Jesus apresentava um viver alternativo aos olhos daquele tempo e ainda do
nosso. De certa forma competia com o viver pagão da maioria e com o cárcere
intelectual dos doutores da lei judaicos
É
preciso viver nesse mundo, mas não ser desse mundo. A voz do pastor, por mais
que nesse mundo ainda soe como voz “alternativa” é a única que salva e leva à
porta. Viver no mundo carece de que vivamos em ilhas com o “alternativo”, pois
foi através dela que os judeus foram libertos do cárcere do Egito. Um palco
chamado oração.
“(…)
Considerei a aflição do meu povo no Egito, OUVI OS SEUS GEMIDOS e desci para
livrá-los. Vem, pois, agora e eu te enviarei ao Egito“. (Atos 7, 34)
Nem
tudo que existe no mundo é ruim como apregoam alguns segmentos extremistas,
pois de certa forma fomos nós mesmos que os estragamos. Nem tudo que “toca” no
palco central deve nos prender. Não podemos ser reféns do que não gostamos ou
concordamos para estar na moda ou fazer parte da turma, pois por muitas vezes
que buscamos ser descolados e diferentes, estamos na verdade sendo iguais a
outros tantos. Sim! Ser diferente às vezes é ser igual a alguém, portanto não
nos torna diferente!
O
jovem que ainda procura o engajamento social e em uma pastoral ou movimento
ainda soa como um “palco alternativo”
Lembremo-nos:
Nem tudo me convém!
Obs.:
Quando o show acaba, só o palco alternativo continua tocando.
Um
imenso abraço fraterno
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
A Europa
estuda o Brasil
Luiz Marins
É
importante que todos nós, brasileiros, saibamos da importância que o mundo está
dando ao Brasil neste início de século XXI. A razão é simples. O mundo inteiro
está com muitos problemas. O Oriente Médio em meio a guerras internas
crescentes. O Sudeste Asiático com grandes indefinições em relação ao seu
futuro. A Europa, o Japão e os Estados Unidos são mercados maduros que precisam
de mercados emergentes para aplicar seus recursos financeiros e de tecnologia.
Daí a importância do Brasil, da Índia e da China, países enormes, com um enorme
mercado emergente.
Fala-se
muito da China e da Índia. Mas o mundo ocidental (Europa e Estados Unidos) está
chegando à conclusão de que talvez o Brasil seja o País mais adequado para
receber os investimentos internacionais. E a razão é igualmente simples. A
China é um país em regime comunista, fechado. O idioma (mandarim) é de difícil
compreensão. O sistema jurídico é completamente diferente do ocidental. Tirando
as regiões mais prósperas - Beijing, Xangai, Chenzen, Hong Kong, por exemplo, o
restante da China é extremamente campesina com mais de 800 milhões de pessoas
vivendo em situação quase miserável. A Índia, tirando poucas regiões como
Bangalore, Nova Dehli e poucas outras, também tem problemas muito grandes. São
dezenas de dialetos; costumes e cultura completamente diferentes do ocidente;
um sistema de castas de difícil compreensão para os ocidentais. Uma imensa
população em situação de extrema miséria - mais de 250 milhões de miseráveis.
Aí
vem o Brasil. Um país ocidental, com uma democracia forte, o Brasil tem um dos
melhores sistemas bancários do mundo, empresas modernas, um parque de
tecnologia de informação grande e ramificado por todo o país. Um sistema
jurídico ocidental, uma legislação moderna. Tudo isso, é claro, em comparação
com os demais países emergentes. Assim, por mais que tenhamos uma visão
negativa do Brasil de hoje, toda a análise deve ser feita comparando o Brasil
com seus competidores.
Aqui
na Europa, (estou escrevendo esta mensagem da Itália), assim como no mundo
desenvolvido, se estuda com visão de longo prazo. E, analisando-se o Brasil
para os próximos 20-30-50 anos, pode-se entender, com facilidade, as vantagens
comparativas do Brasil em relação a esses competidores não-ocidentais. E é isso
que se está fazendo agora. Estudos mais profundos, menos emocionais, mais
amplos, mostram que o Brasil apresenta vantagens estratégicas comparativas que
nós, brasileiros, também precisamos compreender. Compreender para aproveitar as
oportunidades desses investimentos que virão, aumentando nossa qualidade de vida
e competitividade global.
Nesta
semana, procure ver o Brasil de uma maneira menos emocional e mais objetiva e
veja se a Europa não tem razão ao enxergar nossas vantagens.
Pense
nisso. Sucesso!
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Se
não tivesse havido o convite para aquele final de semana, ou aquele final de
semana não fosse do pai tudo seria diferente.
Se
não tivesse a família saído à noite naquele dia, ou se na volta, no carro, a menina tivesse
sentado em outro lugar.
E se ela não tivesse reclamado de algo, mencionado a mãe, tivesse
dito que queria voltar para casa.
E se a madrasta não estivesse de anel ou não tivesse desferido o
tapa que feriu o rosto da criança; e se
não tivesse saído sangue da testa e ela não tivesse ficado assustada.
Se o lamento da menina não tivesse aumentado
e se isso não tivesse deixado a madrasta
transtornada.
E se o elevador que eles subiram com a
criança chorando não tivesse vazio, mas
com um vizinho que pudesse com sua
presença impor alguma razão.
E se o pai, ao entrar no apartamento com a menina
em prantos, segundos antes de tê-la
arremassado com força no chão, tivesse
se detido por um instante na foto na parede onde ela aparecia sorrindo, brincando com os irmãos.
E se a madrasta tivesse pensado nos próprios filhos que eram irmãos da filha da
outra e não tivesse avançado com tanta
raiva sobre ela, apertando-lhe a
garganta, até que ela parasse de chorar.
E se o pai diante da cena tivesse lembrado do
dia em que soube que ela iria nascer; e depois, quando viu que
ela se aquietava nos seu braços; e
depois quando ensinou-lhe os primeiros
passos; e depois quando
acostumou-se a ouvi-la o chamar de papai.
Sendo assim, nesse momento, por lampejo de lucidez ou reverberação
afetiva, ele tivesse dito a si ou à
mulher: NÃO.
Se, naquele momento, um celular, a campainha, a porta, o interfone, qualquer
coisa, tivesse interferido.
Ou se na menina tivesse sobrado alguma força a ponto de poder fugir.
E se ela não tivesse ficado desacordada e
isso não tivesse parecido ao pai e à
madrasta que ela estava morta.
Se então o pai não quisesse proteger a mulher como a
ninguém e não pegasse uma tesoura e uma
faca na cozinha.
E se, uma vez no quarto dos filhos com intenção de cortar a rede na janela, ao
subir na cama de um deles, ele tivesse quebrado o lastro com o peso do corpo
e prendido o pé.
Ou se ele, por um breve, mínimo, ínfimo
momento que fosse, antes de soltar a
perna dela, tivesse olhado para cima e se
perguntado o que, afinal, estava fazendo.
Se algum fato desses, se algum desses
acontecimentos tivesse acontecido
diferentemente do que aconteceu, a menina estaria viva.
O que importa na vida é a sorte e o amor.
Da sorte terrível daquela menina o que se
disse até aqui já basta.
E o AMOR, naquela noite, estava distante.
José Pedro
Goulart
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