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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quinta-feira 16/04/2015


Quinta-feira, 16 de abril de 2015


“O que nós temos é o presente de Deus a nós. O que nos tornamos é nosso presente a Deus.” (Eleanor Powell)


EVANGELHO DE HOJE
Jo 3,31-36

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!


31“Aquele que vem do alto está acima de todos. O que é da terra, pertence à terra e fala das coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos. 32Dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. 33Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é verdadeiro. 34De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o espírito sem medida.
35O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão. 36Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele”.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.







MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia!
Quem tem acompanhado notou que nessa semana estamos enfatizando o poder do livre arbítrio e as conseqüências dele em nosso dia-a-dia. Hoje o evangelho nos convida a responder: O que é mais importante? Quem é mais importante?
Deus sempre será o mais importante em nossas vidas. Seu projeto deverá ser o filtro de nossas decisões, principalmente nas que se referem ao coletivo, às pessoas, à comunidade. Seu projeto, apresentado por Jesus, tem como foco a ovelha perdida, o filho desgarrado, o que perdeu a fé, o desmotivado, o perseguido, o injustiçado, o pobre, (…).
O documento de Aparecida, reafirmando aos que lhe antecederam diz:
“(…) É solicitado que dediquemos tempo aos pobres, prestar a eles uma amável atenção, escutá-los com interesse, acompanhá-los nos momentos difíceis, escolhê-los para compartilhar horas, semanas ou anos de nossas vidas e, procurando, a partir deles, a transformação de sua situação. Não podemos esquecer que o próprio Jesus propôs isso com seu modo de agir e com suas palavras: ‘Quando deres um banquete, convida os pobres, os inválidos, os coxos e os cegos’ (Lc 14,13)” (Documento de Aparecida §397).
E como isso acontece? Na fidelidade a sua mensagem.
Quem prega ou leva a palavra de Deus não pode resumir sua fidelidade em apenas palavras. Quem prega deve se convencer primeiro da mensagem para com propriedade anunciá-la. Aqueles que participam, em especial os que coordenam pastorais ou movimentos, devem abandonar a vaidade e o orgulho. Precisam ver o projeto de Deus sobre o seu querer individualista. “(…) Aquele que vem de cima é o mais importante de todos, e quem vem da terra é da terra e fala das coisas terrenas. Quem vem do céu é o mais importante de todos”.
Precisamos parar de apoiar pessoas ou lideranças que segregam outras pessoas, não as elegendo, para que o tempo as amadureça; não admitir pseudo-coordenadores, ligados a esse ou aquele partido político, usarem as pessoas, principalmente jovens para levantar a sua identidade partidária. Desaprovar e fraternalmente corrigir pessoas que se declaram “donos da igreja” que pelo nosso silêncio fazem com que pessoas boas e empenhadas se afastem do serviço, das nossas comunidades, do nosso convívio…
“(…) Nesta hora, o Senhor interpela-nos: vives tu, através da fé, em comunhão comigo e, deste modo, em comunhão com Deus? Ou não estarás porventura a viver mais para ti mesmo, afastando-te assim da fé? E, por isto, não serás talvez culpado da divisão que obscurece a minha missão no mundo, que fecha aos homens o acesso ao amor de Deus?” (Homilia do Papa Bento XVI na quinta-feira Santa 2010)
Precisamos também parar de correr de responsabilidades, pois como diria padre Zezinho, quando o padre termina missa começa o nosso trabalho. “Vamos em paz e que o senhor os alcance e os encontre” tem sido o lema de muitos católicos. Nós não avançamos mais, pois nos falta coragem. Somos bons em criticar, mas fracos em dinâmicas de acolhimento; reclamamos da falta de operários, mas não abrimos as portas da obra; reclamamos dos atuais coordenadores, mas não damos nossa cara à tapa para fazer melhor…
Alguns pra tudo usam “no meu tempo era assim” esquecendo que o tempo passa. Sabemos que algumas coisas ficam e precisam ficar, mas outras devem ser renovadas. Não podemos temer mexer com computador, email; não podemos fugir da informação, da internet, (…). Esses dias uma polêmica foi levantada sobre pulseirinhas multicoloridas nos braços dos jovens e tem gente que diz não saber por se negar a assistir jornal (hunf). Precisamos levar informação para as pessoas, precisamos nos empenhar em apresentar o projeto de Deus…
E Quem é o pobre? É toda criatura que hoje vive longe ou afastado do Senhor e que ainda não sabe o valor que tem.
Deus nos convida a abrir nosso horizonte de compreensão e ter amor e zelo pelos peixes que estão hoje fora do aquário – os que estão no mar, no mundo, no trabalho, em casa, na comunidade… Zelemos do aquário, mas saiamos para pescar!
“(…) Então Jesus chegou perto deles e disse: Deus me deu todo o poder no céu e na terra Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mateus 28, 18-20)
Um imenso abraço fraterno







MUNDO ANIMAL

Como lidar com cães que se recusam a usar guia

“A grande desgraça do mundo é a coleira. E como há coleiras espalhadas pelo mundo!” Lembrei-me dessa frase de um dos livros de Monteiro Lobato, que deve ser interpretada metaforicamente como ode à liberdade, mas não literalmente em se tratando de cachorros.
Como eles não nasceram com coleiras, é natural que alguns resistam a usá-las – não só os mais ferozes, mas também os criados em ambientes amplos, como sítios ou fazendas, cujos donos seguem ao pé da letra a frase “criar o bicho solto”. Aqui vai, portanto, mais um de nossos guias gerais, desta vez para acostumarmos nossos peludos, bravos ou mansos, a usarem coleira – o que, obviamente, é muito recomendável para passeios na rua, ainda mais em cidades agitadas e menos humanas e caninas do que deveriam ser.
Aos poucos se chega lá
Este procedimento é para cães mansos, e tem várias etapas que deverão ser repetidas o quanto for necessário. Mostre a coleira (sem a guia ou corrente) ou peitoral (para facilitar, daqui em diante vou dizer quase sempre apenas “coleira”) para o cão enquanto lhe dá um petisco pequeno, e brinque com ele em seguida, para que ele, bicho associativo por excelência, passe a associar coleira a coisa boa.
Vá repetindo isso dia após dia, aproximando cada vez mais a coleira do cão; chegará o dia em que você irá colocá-la sem ele resistir. Pronto, o primeiro passo foi efetuado com sucesso. Daí passe a deixar a coleira no cão durante cada vez mais tempo, até chegar a algumas horas. Um belo dia, coloque-lhe a coleira e acrescente a guia, mas sem puxá-la, enquanto “conversa” numa boa com o bicho. (Sim, é mais ou menos como dar injeção em criança pequena.)
Deixe o cão andar um pouco com a guia pendurada, para ele ir se acostumando; logo ele irá começar a sair por aí sem se incomodar com a guia. (Mas fique atento para que o cordão não se enrosque em algum lugar e possa causar algum perigo para o cão!) Então comece a passear com ele (passeios curtos pela casa, quintal, garagem ou o que seja, nada de sair à rua por enquanto) segurando a guia, mas sem puxá-la, deixando o cão ir andar sem ser guiado.
Depois de alguns dias, comece a restringir de leve os movimentos do cão e a conduzi-lo; durante a caminhada, mude de rota para ele entender que quem manda é você e ele precisa te obedecer – isso mesmo, faz parte da socialização. Quando o canino estiver bem obediente, aí sim, poderá ir passear na rua.

Ideal é educar o cão desde pequeno (Foto: Getty Images)
É de pequenino que se passeia com o menino
O ideal é educar o cão desde peludinho. Se ele for filhote, pode-se começar com uma coleira ou peitoral com uma cordinha curta, de uns 60 centímetros – se ele for muito pequetico, até um cadarço de sapato irá servir – , para ele ir se acostumando aos poucos –afinal, ele ainda é pequeno e não vai precisar de uma guia enorme. Mas não o leve a passear: deixe-o brincando com o cordão, para que ambos se tornem grandes amigos e o cão se acostume com a noção de coleira e guia. (E fique mais atento ainda para evitar que o cordão cause algum risco para o bicho!)
Com o tempo, vá aumentando o tamanho do cordão. Em poucos dias ele irá se cansar de brincar, então estará na hora de uma coleira de verdade. Logo que ele se acostumar e ignorá-la, pise em cima dela, de modo a impedir que o peludo vá longe – ele deverá entender, embora à moda simplificada dele, que esse negócio comprido serve para controlá-lo e que quem manda é quem controla a coleira.
Se ele não se mostrar assim tão dócil e resistir, rolando, esperneando, roendo a guia, é direito dele – afinal, ele não nasceu de coleira, e de gente e bicho “banana” ninguém gosta – , e você deverá usar persuasão. Como dizia Adoniran Barbosa: “Sabe o que nóis faz? Nóis não faz nada!” Isso mesmo, não faça nada além de pisar na guia, sem puxá-la, mas mantendo o bicho preso, por mais que ele esperneie e proteste. A tendência é ele vir te procurar; recompense-o então com carinho e um petisco pequeno. Repita isto várias vezes por dia, e não deixe cada vez passar de uns cinco minutos, já que cães, especialmente filhotes, têm períodos curtos de atenção. Logo ele irá se acostumar com a ideia de ser contido e guiado pela coleira – afinal, é você quem manda.
“Domando a fera”
Nunca é demais lembrar que um cão, mesmo que de temperamento mais bravo, só é tão feroz e perigoso quanto a criação e socialização que recebe, e já é mais que hora de enterrar o ainda resistente mito de que pitbulls e rottweilers são intratáveis e menos domesticáveis que leões nos circos de antigamente. Bravos ou não, eles também precisam ser socializados, e usarem guias e coleiras é parte importante do processo.
Um primeiro passo é novamente usar o método similar ao de aplicar injeção em criança pequena, colocando a coleira enquanto o cão está distraído comendo ou brincando; converse com ele, alguma coisa como “ô cachorrinho bonitinho, você viu? O Obama ganhou de novo, a nova novela é ainda pior que a outra, o Palmeiras blá-blá-blá...” e pronto, o bicho já está de coleira. Ele poderá tentar removê-la; isso é normal, até eu faria o mesmo. Se você for tirar a coleira dele, NÃO o faça quando ele tentar removê-la, para ele não pensar que você o obedeceu; espere que ele se distraia.
O próximo passo é colocar a guia, também quando o cão estiver distraído e também com comprimento de acordo com o tamanho do peludo; novamente, remova a guia apenas quando ele estiver distraído. Não tem problema se ele roer a guia e tentar livrar-se dela; ele há de se acostumar com ela. E antes de chegar o dia (não tão distante assim) de você pegar a outra ponta da guia para comandar o peludo, acostume-o a se aproximar de você, recompensando-o quando ele obedecer.
Logo vai chegar a hora de passear de verdade. Se ele “empacar”, não force, espere até ele resolver andar, e deixe-o “mandar” um pouco, seguindo-o; mais tarde, alguns dias depois, comece você a comandar, guiando-o em direções diferentes das que ele quiser. E converse com ele, faça gestos com o corpo, faça-se presente, não se comunique somente com a guia, para que ele a associe com prazer de estar com o dono e não uma obrigação chata e constrangedora. Se ele resolver puxar, banque a árvore e fique paradão, para ele perceber que querer mandar é inútil. Se ele quiser ir para outro lado que não o que você deseja, ignore-o; se você o puxar e ele aceitar, recompense-o por ser obediente.
Sim, “há muitas coleiras espalhadas pelo mundo”, de todos os tipos e tamanhos, das simples, das que se alongam etc., e certamente há uma para cada um de nossos peludos. A coleira, além de dar segurança aos cães – tanto quando a certeza de terem bons donos – , os aproxima de nós. E, já que comecei citando Lobato, terminarei citando Goethe: “Foi obedecendo que senti que minha alma era livre...”








MOMENTO DE REFLEXÃO

Nosso medo é nosso fardo, embora possa ser também nosso meio de defesa.
O medo que gera a prudência é positivo e necessário.
Podemos observar já em bebezinhos o medo de perder a mãe. Não sei se vocês já viram um vídeo de um aborto onde o feto tenta desesperadamente de se agarrar à vida.
Nos animais o medo faz com que se defendam. Nesse ponto  prepara-os para um eventual perigo.
O medo é o sinal laranja que nos diz "atenção!"
Mas esse pode ser também destrutivo, quando deixamos que tome conta da gente. Há pessoas que se deixam levar por esse sentimento de tal forma que são incapazes de tomar qualquer atitude. Elas se bloqueiam, se petrificam diante de situações que temem e ficam sem ação. E fazendo isso, deixam de viver normalmente, são atingidas em pleno peito pelo que tanto receiam.
Muitos morrem do próprio temor. Tanto eles temem que acabam atraindo para si mesmos a infelicidade. É o caso de pessoas que temem acidentes a tal ponto de sentirem-se petrificadas diante de uma situação que poderiam facilmente evitar. Ou doenças.
Nosso cérebro é algo extraordináio. Ele coordena e comanda todo o nosso corpo e as nossas ações. Exercitá-lo diariamente com nossos medos pode ser muito perigoso. Nossas palavras têm poder e nossos pensamentos também.
Muitos temem amar. Medo de decepções, de sofrimento. Preferem se fechar numa concha e olhar o mundo através duma janela do que se abrir e se entregar ao inevitável. Amor traz sofrimento sim. Mas quanta felicidade traz também, quanta agitação no peito, quanto suspiro, quanto brilho nos olhos, quanta beleza! 
É a velha história do copo pelo meio: uns vêm meio cheio, outros meio vazio. E isso faz uma grande diferença!
As pessoas otimistas preferirão correr o risco e viverão plenamente todas as coisas. As outras serão apenas passantes da vida, não viventes.
E o medo é algo tão inerente ao ser humano que até mesmo quando se sente feliz, sente medo. Medo que seja bom demais, que isso passe, que isso se perca. E no auge da felicidade o medo se instala. E, se instalando, estraga tudo, nos impede de viver o momento presente, tão divino. Como o ciúme, que corrói a alma e relacionamentos e destrói minutos e horas que poderiam ser maravilhosos. Jogamos fora nosso tempo a troco de nada.
Então troque!
Troque uma boa briga por um bom beijo! Troque a indiferença por um pouco de atenção! Troque o medo pela ousadia (só o suficiente!)!  O pessimismo por uma gota de otimismo! Um aperto de mão por um gostoso abraço! Um instante de inquietação por um segundo de oração. Uma maldição por uma bênção!
Experimente a vida!!!



Letícia Thompson

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