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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 15/12/2014


Segunda-feira, 15 de dezembro de 2014



"Uma vez perguntei : O que é mais importante ? Amar ou ser amado ? E então me respoderam : O que é mais importante para um pássaro? A asa esquerda ou a direita?"


EVANGELHO DE HOJE
Mt 21,23-27

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.


Naquele tempo, 23Jesus voltou ao Templo. Enquanto ensinava, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se dele e perguntaram: “Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu tal autoridade?”
24Jesus respondeu-lhes: “Também eu vos farei uma pergunta. Se vós me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. 25Donde vinha o batismo de João? Do céu ou dos homens?”
Eles refletiam entre si: “Se dissermos: ‘Do céu’, ele nos dirá: ‘Por que não acreditastes nele?’ 26Se dissermos: ‘Dos homens’, temos medo do povo, pois todos têm João Batista na conta de profeta”.
27Eles então responderam a Jesus: “Não sabemos”. Ao que Jesus também respondeu: “Eu também não vos direi com que autoridade faço estas coisas”.



Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.





MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Queiroz


Donde vinha o batismo de João?
 Este Evangelho começa com uma pergunta dos dirigentes judeus a Jesus: "Com que autoridade fazes estas coisas?" Eles se referiam aos dois fatos narrados logo antes no Evangelho: a purificação do Templo, expulsando os vendilhões, e a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e também ao fato de Jesus estar ensinando no Templo.
Jesus usou de uma astúcia, e respondeu: "Também eu vou fazer uma pergunta. Se vós me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. Donde vinha o batismo de João? Do céu ou dos homens?"
Eles ficaram em dificuldade, porque, se respondessem "Do céu", Jesus podia colocá-los na parede, dizendo: "Por que então não acreditastes nele?" Se dissessem: "Dos homens", tinham medo do povo, pois todos tinham João Batista na conta de profeta. Disseram então: "Não sabemos". Em resposta, Jesus disse: "Eu também não vos direi com que autoridade faço estas coisas".
Aqueles sumos sacerdotes, que eram encarregados de manter a fé autêntica, na verdade, não se preocupavam com a fé, mas com seus interesses e conveniências. Isso foi demonstrado pela atitude deles, provocada por Jesus. A armadilha que fizeram virou-se contra eles.
As pregações de João Batista tinham sido o acontecimento religioso mais importante dos últimos anos. Naturalmente, os sacerdotes deviam pronunciar-se a respeito de João. Se não o faziam, tampouco tinham autoridade para pedir contas a Jesus, o enviado de Deus.
Além do mais, João já havia testemunhado para eles a respeito de Jesus: "No meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias" (Jo 1,26-27).
O próprio Jesus foi batizado por João (Mt 3,13-17), referendando assim o batismo de conversão que João realizava.
Tanto João Batista como Jesus não eram "profetas de ocasião", que falam aquilo que os grandes querem ouvir. Por isso foram recusados pelas elites.

Certa vez, a muitos anos atrás, um bezerro precisou atravessar uma floresta virgem, para voltar ao seu pasto. Sendo um animal irracional, abriu uma trilha tortuosa, cheia de curvas, subidas e descidas desnecessárias.
No dia seguinte, um cão que passava por ali usou essa mesma trilha torta para atravessar a floresta. Depois foi a vez do carneiro, líder de um rebanho, que fez seus companheiros seguirem pela trilha torta.
Mais tarde, os homens começaram a usar aquele caminho; entravam e saíam, viravam à direita e à esquerda, subiam e desciam, fazem em três horas uma caminhada que podia ser feita em apenas uma hora.
Depois de tanto uso, o caminho virou uma estrada, foram construídas casas dos dois lados, e tornou-se a avenida principal de uma cidade.
Os homens têm a tendência de seguir, cegamente, trilhas feitas por pessoas que nem sempre sabiam fazer o melhor traçado para chegar ao destino. E muitos ainda estão caminhando por essas trilhas. Se não é o caminho mais curto, é o mais cômodo. E mais: todo mundo vai por ele, por isso eu também vou. São cegos guiando cegos, podendo ambos caírem no mesmo buraco.
Jesus, o caminho, a verdade e a vida, nos alertou: surgirão muitos falsos profetas.
Nós pedimos à Rainha dos Profetas que nos ajude a acolher bem os verdadeiros profetas de Deus, e a exercermos bem a nossa vocação profética.
Donde vinha o batismo de João?





MOTIVAÇÃO NO TRABALHO


Andando na égua e perguntando por ela
Escrito por Luiz Marins


Num livro de 1780 - Adágios, Provérbios, Rifãos e Anexins da Língua Portugueza editado pela Real Casa Portugueza, há um ditado que diz:"Andando na égua e perguntando por ela"

Pense nesta sabedoria popular. Quantas vezes não conseguimos enxergar as coisas que estão debaixo de nosso próprio nariz?
Será que a solução de nossos problemas na empresa e mesmo nossos problemas pessoais não está mais próxima de nós do que pensamos?
E as oportunidades então? Será que não estamos buscando longe demais por oportunidades que estão passando pela nossa frente a todo instante?
Na empresa, ficamos imaginando abrir uma filial distante quando muitas vezes nem sequer vendemos para nossos vizinhos. Ficamos buscando novos clientes quando poderíamos vender mais ítens de nosso catálogo de produtos para aqueles que já compram alguma coisa de nós e portanto já são nossos clientes. Ficamos buscando novos clientes quando poderíamos fazer coisas que fidelizassem o nosso cliente conosco, tornando-o totalmente satisfeito. Mas, muitas vezes, com a mão direita estamos querendo pegar um novo cliente e com a esquerda estamos perdendo um que já temos por não atendê-lo bem.
Ainda na empresa, quantas oportunidades de parcerias, alianças estratégicas, associações, compra conjunta, manutenção cooperada, terceirização, etc., poderíamos fazer com clientes e fornecedores com os quais nos relacionamos há anos e nem sequer pensamos nessas oportunidades?
Na vida pessoal, quantas oportunidades surgem de aprender, de sermos promovidos, de um novo cargo, de uma transferência para um local com novos desafios, de uma nova carreira e não damos a devida atenção ao ficarmos reclamando de nossa própria sorte e olhando o sucesso alheio?
Veja se você não está andando na égua e perguntando por ela. Veja se a solução dos seus problemas e se as oportunidades não estão, de fato, debaixo de seu próprio nariz.
Pense nisso. Sucesso!





MOMENTO DE REFLEXÃO


Amar é importante. Sentir o amor, sentir-se amado é importante.
O grande mal que atinge o mundo é a ausência daquilo que chamamos o maior de todos os sentimentos e a maior dentre todas as coisas.

Não falo aqui do amor carnal, embora este entre em conta na contabilidade da felicidade de cada um de nós. O que falo é no amor que gera a atenção, aquele devido e reclamado por cada ser, mas mais reclamado que tudo, como se o dar não fizesse parte do acordo implícito em cada relação humana.

As pessoas desinteressam-se das outras, porque dizem-se ter o suficiente com os próprios problemas. E o têm, provavelmente. Mas o que gera o isolamento, a solidão temida, é justamente querer receber aquilo que nos recusamos a dar. O que falta é a atenção necessária ao outro para sentir-se, pelo menos, ouvido e parte integrante na roda da vida.

 Cada um fala por si e poucos são os que se importam realmente com que o outro diz, com seus reais sentimentos, suas reais razões. Muitas e muitas vezes quando um fala, o outro já está preparando-se para dizer, sem ponderar, aquilo que ele mesmo pensa ou sente.

Pessoas tornam-se assim, surdas às outras, porque só conseguem ouvir a voz do próprio egoísmo, não por maldade, mas pelo apelo das próprias necessidades. Pessoas juntas sentem-se sozinhas, casais unidos pela vida sentem-se abandonados, amigos criam relações superficiais, pais e filhos distanciam-se.

Olhar nos olhos do outro é importante. Perceber a dor ou a felicidade e compartilhar dela é fundamental ao outro na sua necessidade de se sentir amado. Poucos, raros mesmo, são os que param o que estão fazendo quando o companheiro, amigo ou colega de trabalho precisam falar. Parte do que se diz fica desconectada no ar e a outra parte, invariáveis vezes, esquecidas depois. Numa fração de segundo a frase "do que mesmo estávamos falando?" pode entrar na conversa, deixar um sem ação e o outro sem graça.

A atenção dada ou recebida faz parte do tratamento e da cura dos males que tomam conta do mundo, ela reforça relações, cria laços, solda, une e faz bem.

Não ouvimos Deus porque não queremos ouvir, porque, quem sabe, o que Ele quer nos dizer nos desagrada e contraria, mas Ele fala e só percebemos isso depois com o infalível "eu sabia" que nos fere como um punhal. Não somos ouvidos por Ele porque não abrimos inteiramente nosso eu, temos sempre pressa, estamos sempre ocupados.

Entre Deus e nós e entre nós e os outros somos os que definimos o tipo de relação que temos. Podemos colocar o primeiro tijolo ou esperar que alguém o faça. Porém a ordem com que este é colocado influencia e determina cada um dos nossos passos e abre ou fecha para nós as portas do paraíso.


Letícia Thompson

webmaster@leticiathompson.net

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