Sexta-feira,
05 de setembro de 2014
“Aquilo a
que você resiste, persiste.” (Carl Jung)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 5, 33-39
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 33os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: "Os discípulos
de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com freqüência e fazem
orações. Mas os teus discípulos comem e bebem". 34Jesus, porém, lhes
disse: "Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo
está com eles? 35Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então,
naqueles dias, eles jejuarão".
36Jesus contou-lhes
ainda uma parábola: "Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo
em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará
com a roupa velha. 37Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque, senão, o
vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama; e os odres se perdem.
38Vinho novo deve ser posto em odres novos. 39E ninguém, depois de beber vinho
velho, deseja vinho novo; porque diz: o velho é melhor".
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Queiroz
Mas
dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles
jejuarão.
Neste
Evangelho, partindo da pergunta sobre o jejum, Jesus nos mostra a radicalidade
da Boa Nova trazida por ele. Não podemos misturar a Boa Nova de Jesus com
outros caminhos ou projetos. Ou nos jogamos inteiramente no seguimento do
Evangelho, ou não o seguimos. Meio termo não existe.
“Os
convidados a um casamento podem jejuar enquanto o noivo está com eles?” Numa
festa de casamento, ninguém jejua. Conforme a tradição bíblica, Deus é o noivo
e a humanidade é a noiva. Com o pecado original, a noiva havia abandonado o
noivo; mas agora o noivo a procurou e fez com ela uma Aliança, que se desdobra
em duas Alianças: antiga e nova. No nova Aliança, Jesus é o noivo, o que
significa que ele é Deus.
E
Jesus acrescenta duas parábolas que vêm justificar a sua resposta à questão do
jejum: ninguém remenda uma roupa velha com pano novo. A roupa velha representa,
naquele tempo, a religião judaica com seus jejuns e ritos de purificação. Hoje,
essa roupa velha é a mentalidade do mundo, pluralista e pecador. Não podemos
remendar essa roupa velha com o pano novo que é o Evangelho, pois, além de não
ficar bonito, acabamos estragando o pano novo, que é a Boa Nova de Jesus.
Uma
roupa remendada desse jeito fica feia e repuxada; um cristão com mentalidade
velha, apenas com remendos da fé cristã, fica a mesma coisa.
A
comparação do vinho nos odres vai na mesma linha. Não podemos colocar o vinho
novo, trazido por Jesus, em odres velhos, seja do Antigo Testamento, seja do
mundo caduco e pecador. Jesus nos pede para escolher um dos dois caminhos e
segui-lo integralmente. Ficar com os pés em duas canoas não dá certo. O
Evangelho do Reino não é compatível com instituições ou mentalidades caducas.
A
fé cristã é uma proposta de vida, não de leis. E a vida muda, evolui
constantemente, estourando qualquer código de leis. A lei é necessária, mas é
morta, e o Reino de Deus é vivo.
Um
dia, Jesus recriminou os judeus por serem muito ciosos na prática da letra da
Lei, e se esquecerem do principal que é o espírito da Lei: “Bem profetizou
Isaías a vosso respeito: este povo me honra com os lábios, mas o seu coração
está longe de mim” (Mc 7,6; Is 29,13).
Uma
pergunta: nós estamos em condições de receber o Vinho Novo de Jesus, ou ainda
estamos “com os pés em duas canoas”? Somos uma roupa nova, uma roupa velha, ou
uma roupa remendada?
Diógenes
foi um grande filósofo que viveu em Atenas, na Grécia, no Séc. IV A/C. Ele
tinha fama de doido, porque fazia coisas exóticas. Não era doido nada. Um dia,
ele foi ao centro da cidade e, em pleno meio dia, com o sol quente, começou a
andar numa rua movimentada, com uma candeia acesa na mão. As pessoas lhe
perguntavam: “O que você está fazendo, Diógenes?” Ele respondia: “Estou
procurando um amigo”.
Nós
podemos imitar Diógenes e, se as pessoas nos perguntarem o que estamos fazendo,
vamos respondeu: “Estou procurando um cristão integral, sem mistura de outros
“valores”.
Maria
Santíssima, na hora da Anunciação, jogou-se inteiramente nas mãos de Deus, como
uma criança se joga nos braços da mãe. O amor é totalizante, ele se dá
totalmente. Que Maria nos ajude a fazer o mesmo, no seguimento do seu Filho.
Mas
dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles
jejuarão.
CULINÁRIA
Torta
Portuguesa de liquidificador.
Ingredientes
Massa:
3
ovos
1
e 1/2 xícara de chá de leite
1/2
xícara de chá de azeite
1
xícara de chá de farinha de trigo
1
pacote de creme de cebola
1
colher sobremesa de fermento em pó
Recheio:
4
ovos cozido e picados
500
g de queijo mussarela ralado (Parte grossa do ralo)
300
g de presunto fatiado cortado em tiras
1
lata de milho verde
1
cebola cortada em rodelas
8
fatias grandes de bacon
1/2
xícara de azeitona
Modo
de preparo
Massa:
Bata
os ovos, leite, azeite, farinha de trigo e creme de cebola no liquidificador
Misture
o fermento em pó com o auxílio de uma colher
Despeje
em uma forma redonda de 30 cm de diâmetro de preferência as que soltam o aro
Coloque
o queijo sobre a massa
Coloque
o presunto, o milho, os ovos picados, a cebola e o bacon
Espalhe
as azeitonas
Asse
em forno convencional a 180ºC preaquecido por 30 minutos
Serve
6 pessoas
Tempo
de preparo: 50 minutos.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Receita
de felicidade eu já vi. Ponto por ponto. Conselhos. Mas existe mesmo uma
receita, se consideramos que felicidade é uma coisa individual? Se levamos em
conta que o que é bom pra mim não é necessariamente bom para o meu próximo?
Existe,
certo, pontos onde podemos definir que podem ser a base para a felicidade de
uma maneira geral, mas isso mesmo não é a felicidade em si. Costumamos fazer
projetos para os nossos filhos, às vezes irmãos mais novos e até amigos
próximos. Jogamos sobre eles nosso próprio desejo de conseguir alguma coisa e
colocamos sobre isso a nossa própria expectativa de felicidade sem nos darmos
realmente conta se aquilo será realmente o que aquele pessoa deseja para a sua
realização pessoal e se aquilo está dentro do padrão do que aquela pessoa
deseja para si mesma. Queremos que as pessoas vivam segundo nossos projetos e
não segundo eles próprios.
E
quando essas pessoas dizem não, nos decepcionamos. Às vezes cometemos até o
erro de tentar fazê-los mudar de opinião.
Na
verdade, ao agirmos assim, não estamos pensando na felicidade do outro, nem
mesmo no outro. Estamos pensando em nós, no quanto nos abala saber que as
pessoas são diferentes da gente, muitas vezes até no quanto elas são capazes em
coisas que nós mesmos nunca tivemos a coragem de assumir.
Mas
minha felicidade ou infelicidade, não é a felicidade ou infelicidade de
ninguém. A do outro também não é minha. Eu não sei, mesmo se o conheço
profundamente, quantas noites ele ficou sem dormir porque se sentia infeliz ou
o quanto sonhou acordado com coisas que eu nem posso supor.
É
errado sofrer sofrimento dos outros. E injusto também. Isso pelos dois lados.
É
importante deixar a cada um o direito de ser feliz como ele sente ou aspira. Se
sentir feliz por alguém e ser feliz por esse mesmo alguém são duas coisas
distintas. Amamos e nos preocupamos com alguém e isso é muito natural e mesmo
sadio, mas é importante saber se liberar do peso de se sentir feliz ou infeliz
por outra pessoa, mesmo se a amamos muito!
Letícia
Thompson
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