Domingo, 28
de setembro de 2014
“Existem
pessoas que usam roupas muito caras, mas têm sentimentos muito baratos.”
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 21,28-32
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
"Que
vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse:
'Filho, vai trabalhar hoje na vinha!' O filho respondeu: 'Não quero'. Mas
depois mudou de atitude e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma
coisa. Este respondeu:' Sim, senhor, eu vou'. Mas não foi. Qual dos dois fez a
vontade do pai?" Os sumos sacerdotes e os anciãos responderam: "O
primeiro." Então Jesus lhes disse: "Em verdade vos digo que os
publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Pois João veio até
vós, caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as
prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes,
para crer nele.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
João
veio, e os pecadores creram nele.
Neste
Evangelho, Jesus nos conta a parábola dos dois filhos. O pai pede ao primeiro
para ir trabalhar na vinha, ele fala que não quer, mas depois muda de opinião e
vai. O pai faz o mesmo pedido ao segundo, este fala que vai, mas não vai.
Jesus
explica a comparação: os publicanos e as prostitutas eram pessoas que levavam
vida errada, isto é, inicialmente disseram “não” ao Pai que é Deus. Mas depois
se arrependeram e acreditaram na pregação de João Batista e de Jesus.
Já
os sumos sacerdotes e os anciãos, que respondiam “sim” a Deus no Antigo
Testamento, agora respondem “não” ao mesmo Deus, no Novo Testamento. Portanto,
eles agem como o segundo filho da parábola, que disse que ia trabalhar na
vinha, mas não foi.
Os
próprio sumos sacerdotes e anciãos se condenaram, dizendo que quem fez a
vontade do pai foi o primeiro filho, que representa os publicanos e as
prostitutas. Jesus conclui dizendo que os publicanos e as prostitutas os
precederão no Reino de Deus.
Trazendo
para nós hoje, há pessoas que no passado diziam “sim” a Deus com generosidade,
e hoje são medíocres. E existem também exemplos contrários, de pessoas antes
afastadas e hoje engajadas e generosas para Deus e a Comunidade. O que vale é o
que a pessoa é hoje, não o que foi no passado. Os pecados do passado, Deus está
pronto a nos perdoar, se depois mudamos de idéia e nos convertemos. Outro
sentido é que Deus gosta mais das pessoas que cumprem com fidelidade e
perseverança a sua Lei, mesmo sem prometer nada, do que daquelas que prometem
muito e fazem pouco.
Mais
do que palavras bonitas, o que agrada a Deus são as ações corretas. Os fariseus
gostavam de se apresentar como santos, isto é, diziam “sim” na aparência, mas
“não” nas ações. Deus gosta de palavras bonitas, mas quando são acompanhadas de
uma vida bonita.
Há
pessoas que têm facilidade em prometer, mas depois se esquecem e não cumprem.
Como aquele que disse: “Eu consigo parar de fumar; só este ano já parei três
vezes!”
Existe
até uma afirmação de que emprestar é sinônimo de dar, porque quem pede emprestado
promete devolver mas não devolve. Deus não gosta desse tipo de gente. São
atitudes indignas de cristão. Se as pessoas cumprissem o que prometem, não
precisaríamos do SPC, CERASA etc. No dia do nosso batismo, os nossos pais e
padrinhos disseram “sim” a Deus em nosso lugar. E nós assumimos aqueles
compromissos na primeira comunhão, e o renovamos na crisma, e todos os domingos
na Missa, quando fazemos a profissão de fé. Como estamos hoje em relação aos
nossos compromissos batismais?
S.
Paulo disse “não” a Cristo, quando jovem. Mas depois disse “sim” e o manteve
até a morte. Assemelhou-se, portanto, ao primeiro filho da parábola.
E
ele compara a vida cristã com uma competição de corrida a pé. “Acaso não sabeis
que todos correm, mas um só ganha o prêmio? Correi de tal maneira que
conquisteis o prêmio. Todo atleta se impõe todo tipo de disciplina. Eles assim
procedem, para conseguir uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma
coroa incorruptível” (1Cor 9,24-25).
Quando
Deus Pai chamou seu Filho Jesus para a missão de redimir a humanidade, ele
respondeu: “Eis me aqui, ó Pai, para fazer vossa vontade!” (Hb 10,7). E depois
perseverou naquele “sim”. “Cristo humilhou-se, fazendo-se obediente até a
morte, e morte de cruz!” (Fl 2,8). Jesus, portanto, não se assemelhou nem ao
primeiro nem ao segundo filho, pois respondeu “sim” a Deus Pai, e cumpriu esse
“sim” até o fim da vida terrena, e continua cumprindo hoje.
Cada
dia que amanhece é um novo presente que Deus nos dá. Quando abrimos os olhos e
vemos a luz de um novo dia, cabe a nós agradecer a Deus o dom da vida e vivê-la
bem hoje, porque amanhã não sabemos se estaremos vivos.
Certa
vez, um casal estava viajando numa cidade grande, em direção a um bairro
desconhecido. Eles iam à casa de um amigo, que os convidara para jantar.
O
marido ao volante e a esposa ao lado, indicando o caminho. Em determinado
momento, ela disse: “Na primeira esquina vire à direita”. Ele teimou que era à
esquerda. Os dois discutiram um pouco, mas por fim ela cedeu, a fim de que não
chegassem à casa do amigo mal humorados. Resultado: depois de muito andar,
tiveram de voltar àquela esquina e entrar à direita. Assim, chegaram atrasados
no jantar.
Na
volta, conversando sobre o incidente, ela disse: “Se você tinha certeza de que
eu estava errado, por que não insistiu um pouco mais? Ela respondeu: “Entre ter
razão e ser feliz, eu preferi ser feliz. Estávamos à beira de uma briga. Se eu
insistisse mais, teríamos estragado a noite”
Dizer
“sim” na hora do casamento é fácil. Mas o importante é mantê-lo até o fim da
vida.
O
Natal se aproxima. Não queremos celebrá-lo mal humorados ou carregando algum
pecado. É para isso que existe o advento.
Maria
Santíssima ganhou de longe desses dois filhos da parábola, porque ela, a
exemplo do Filho, disse “sim” para Deus no começo da vida e o manteve até o
fim. Maria do “sim”, rogai por nós!
João
veio, e os pecadores creram nele.
VÍDEO
DA SEMANA
Deixar o passado passar- Pe. Fábio de Melo
https://www.youtube.com/watch?v=yXeFVjWnmrc
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Conta
um jovem universitário que no seu primeiro dia de aula o professor se apresentou
e pediu que todos procurassem conhecer alguém que ainda não conheciam.
Ele
ficou de pé e olhou ao redor, quando uma mão lhe tocou suavemente o ombro. Deu
meia volta e viu uma velhinha enrugada, cujo sorriso lhe iluminava todo seu
ser.
Ela
lhe falou sorrindo: Oi, gato. Meu nome é Rose. Tenho oitenta e sete anos. Posso
lhe dar um abraço?
O
moço riu e respondeu com entusiasmo: claro que pode!
Ela
lhe deu um abraço muito forte.
Por
que a senhora está na Universidade numa idade tão jovem, tão inocente?
Perguntou-lhe o rapaz.
Rindo,
ela respondeu: estou aqui para encontrar um marido rico, casar-me, ter uns dois
filhos e, logo me aposentar e viajar.
Eu
falo sério, disse seu jovem colega. Quero saber o que a motiva a enfrentar esse
desafio na sua idade.
Rose
respondeu gentil: sempre sonhei em ter uma educação universitária e agora vou
ter.
Depois
da aula ambos caminharam juntos por longo tempo e se tornaram bons amigos.
Todos
os dias durante os três meses seguintes saíam juntos da classe e conversavam
sem parar.
O
jovem universitário estava fascinado em escutar aquela "máquina do
tempo". Ela compartilhava com ele sua sabedoria e experiência.
Durante
o curso, Rose se fez muito popular na universidade. Fazia amizades onde quer
que fosse.
Gostava
de se vestir bem e se alegrava com a atenção que recebia dos outros estudantes.
Ao
término do último semestre, Rose foi convidada para falar na festa de
confraternização. Naquele dia ela deu a todos uma lição inesquecível.
Logo
que a apresentaram ela subiu ao palco e começou a pronunciar o discurso que
havia preparado de antemão. Leu as primeiras frases e derrubou os cartões onde
estavam seus apontamentos.
Frustrada
e um pouco envergonhada se inclinou sobre o microfone e disse simplesmente:
desculpem que esteja tão nervosa. Não vou poder voltar a colocar meu discurso
em ordem. Assim, permitam-me, simplesmente, dizer-lhes o que sei.
Enquanto
todos riam, ela limpou a garganta e começou:
Não
deixamos de brincar porque estamos velhos; ficamos velhos porque deixamos de
brincar.
Há
alguns segredos para manter-se jovem, ser feliz e triunfar.
Temos
que rir e encontrar o bom humor todos os dias.
Temos
que ter um ideal. Quando perdemos de vista nosso ideal, começamos a morrer.
Há
tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem sequer sabem!
Há
uma grande diferença entre estar velho e amadurecer. Se vocês têm dezenove anos
e ficam um ano inteiro sem fazer nada produtivo se converterão em pessoas de
vinte anos.
Se
eu tenho oitenta e sete anos e fico por um ano sem fazer nada de útil,
completarei oitenta e oito anos.
Todos
podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para isso. O importante é
amadurecer encontrando sempre a oportunidade na mudança.
Não
me arrependo de nada. Nós, de mais idade, geralmente não nos arrependemos do
que fizemos mas do que não fizemos.
E,
por fim, os únicos que temem a morte são os que têm remorso.
Terminou
seu discurso cantando "A rosa". Pediu a todos que estudassem a letra
da canção e a colocassem em prática em suas vidas.
Rose
terminou seus estudos e, uma semana depois da formatura, morreu tranqüilamente
enquanto dormia.
Mais
de dois mil estudantes universitários assistiram as honras fúnebres para render
tributo à maravilhosa mulher que lhes ensinou, com seu exemplo, que nunca é
demasiado tarde para chegar a ser tudo o que se pode e deve ser.
...............
O
importante não é acumular muitos anos de vida, mas adquirir sabedoria em todos
os momentos que os anos nos oferecem.
Afinal,
envelhecer é obrigatório, amadurecer é opcional.
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