Segunda-feira,
01 de setembro de 2014
Quem se
omite, indiretamente se associa! (Benjamin Constant)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 4, 16-30
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Jesus foi
para a cidade de Nazaré, onde havia crescido. No sábado, conforme o seu
costume, foi até a sinagoga. Ali ele se levantou para ler as Escrituras
Sagradas, e lhe deram o livro do profeta Isaías. Ele abriu o livro e encontrou
o lugar onde está escrito assim:
“O Senhor me
deu o seu Espírito. Ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres e me
enviou para anunciar a liberdade aos presos, dar vista aos cegos, libertar os
que estão sendo oprimidos e anunciar que chegou o tempo em que o Senhor salvará
o seu povo.” Jesus fechou o livro, entregou-o para o ajudante da sinagoga e
sentou-se. Todas as pessoas ali presentes olhavam para Jesus sem desviar os
olhos. Então ele começou a falar. Ele disse:
- Hoje se
cumpriu o trecho das Escrituras Sagradas que vocês acabam de ouvir.
Todos
começaram a elogiar Jesus, admirados com a sua maneira agradável e simpática de
falar, e diziam:
- Ele não é
o filho de José? Então Jesus disse:
- Sem dúvida
vocês vão repetir para mim o ditado: “Médico, cure-se a você mesmo.” E também
vão dizer: “Nós sabemos de tudo o que você fez em Cafarnaum; faça as mesmas
coisas aqui, na sua própria cidade.” E continuou:
- Eu afirmo
a vocês que isto é verdade: nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra.
Eu digo a vocês que, de fato, havia muitas viúvas em Israel no tempo do profeta
Elias, quando não choveu durante três anos e meio, e houve uma grande fome em
toda aquela terra. Porém Deus não enviou Elias a nenhuma das viúvas que viviam
em Israel, mas somente a uma viúva que morava em Sarepta, perto de Sidom. Havia
também muitos leprosos em Israel no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles
foi curado. Só Naamã, o sírio, foi curado.
Quando
ouviram isso, todos os que estavam na sinagoga ficaram com muita raiva. Então
se levantaram, arrastaram Jesus para fora da cidade e o levaram até o alto do
monte onde a cidade estava construída, para o jogar dali abaixo. Mas ele passou
pelo meio da multidão e foi embora.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Queiroz
Ele
me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres. Nenhum profeta é
bem recebido em sua pátria.
Este
Evangelho narra a visita de Jesus à sua terra natal, Nazaré, e a rejeição do
povo a ele.
Era
o começo da vida pública de Jesus, e ele apresenta o seu programa, a sua
missão. Veio para “anunciar a Boa Nova aos pobres, proclamar a libertação aos
cativos e aos cegos a recuperação da vista, para libertar os oprimidos e para
proclamar um ano da graça do Senhor”.
Vemos
que Jesus privilegia os excluídos: os pobres, os cativos, os cegos, os
oprimidos... Isto significa andar na contra mão da sociedade do seu País, que
privilegiava os “incluídos”. Nós somos continuadores deste jeito de Jesus agir.
O
ano da graça é o ano jubilar, que acontecia a cada cinqüenta anos, no qual as
dívidas eram perdoadas, os escravos e os presos eram libertados, os animais
presos eram soltos, não se plantava para a terra descansar, e as terras
voltavam ao uso comum, conforme a distribuição inicial entre as tribos, feita por
Josué. Na prática, o ano da graça acabava com os privilégios e estabelecia a
igualdade entre as pessoas. Agora, com Jesus, esse ano da graça será
permanente, e não apenas um ano a cada cinqüenta anos.
No
dia do nosso Batismo, nós assumimos esse programa como nosso. Os primeiros
cristãos procuraram pô-lo em prática à risca.
Foi
o cumprimento desse programa que custou a morte para Jesus, e para milhares de
mártires da História de Igreja. Apesar disso, a Igreja não desiste de lutar
pela sua implantação, inclusive dentro dela mesma.
“Todos
na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade.” A
rejeição a Jesus começou cedo, e na sua própria terra. Ainda mais que ele citou
dois casos – a cura do leproso Naamã e o socorro à viúva de Sarepta – em que
Deus privilegiou estrangeiros, deixando os israelitas de lado. Jesus citou os
dois casos a fim de mostrar que para Deus não existe povo privilegiado, todos
são iguais diante dele.
Ser
profeta é isso. É anunciar o Reino de Deus e denunciar o que é contrário a ele.
E o profeta faz isso com palavras e com obras, isto é, com o seu próprio modo
de agir. Ele é corajoso, e fala a palavra certa, na hora certa, para a pessoa
certa e do jeito certo. Por isso geralmente o profeta não é bem visto pela
sociedade pecadora.
O
profeta tira as nossas seguranças, os nossos corrimões, deixando-nos como Pedro
andando sobre as águas ao encontro de Jesus. Ele derruba as pontes e retira os
apoios, para que a pessoa se humilhe e se apóie em Deus. “Senhor, salva-me!”
(Mt 14,30).
“Passando
pelo meio deles, Jesus continuou o seu caminho.” Não conseguiram jogar Jesus no
precipício. Deus protege os seus profetas. Tudo concorre para o bem daqueles
que estão com Deus.
Nós
recebemos no batismo, e principalmente na crisma, a missão de profetas. A
sociedade está precisando urgentemente de profetas, pois vive “tapando o sol
com a peneira” em muitos pontos e ninguém denuncia.
Certa
vez, um pai chamou o seu filho e lhe disse: “Filho, eu já estou velho, daqui a
um tempo vou lhe entregar todas as nossas propriedades para você administrar”.
O moço respondeu: “Pai, mas eu não tenho experiência, não sei como
administrar!” O pai respondeu: “Vá procurar o sábio tal, que fica lá do outro
lado da montanha, e peça a ele que lhe ensine a sabedoria”.
O
rapaz atendeu o conselho e foi. Fez o pedido ao sábio e este lhe perguntou: “O
que você viu no caminho?” “Eu vi árvores” – respondeu o moço. “Pode voltar” –
disse o sábio – Amanhã retorne aqui”. O moço voltou para casa meio
decepcionado. No outro dia estava lá novamente. O sábio fez a mesma pergunta:
“O que você viu no caminho?” “Árvores” – respondeu ele novamente. O sábio disse
a mesma coisa: “Pode voltar para casa e retorne amanhã”.
Em
casa, o rapaz contou para o pai e este o encorajou: “Amanhã volte lá e diga a
ele mais coisas que você viu”. No outro dia, o moço já foi olhando atentamente
as coisas do caminho. Observou tanto que anoiteceu e ele teve de dormir na
estrada. Quando chegou à casa do sábio, este lhe fez a mesma pergunta. O rapaz
respondeu: “Eu vi flores, rios, borboletas, passarinhos, animais... Fiquei com
fome e comi frutas gostosas. Anoiteceu e dormi na beira da estrada...” Ele
ficou duas explicando o que viu e ainda não havia falado tudo. Então o sábio
lhe disse: “Agora sim, você adquiriu a sabedoria.
O
profeta vive no mundo como este sábio explicou. Ele não olha as coisas
superficialmente, mas pára, observa e reflete sobre cada realidade em seus
detalhes, à luz da Palavra de Deus. A partir daí, ele orienta as pessoas. O
mundo coloca diante de nós inúmeras alternativas e uma riqueza imensa de
variedades. O Espírito Santo, com o dom do discernimento, nos ensina a separar
o joio do trigo e ficar com o que é bom.
Maria
Santíssima é a Rainha dos Profetas. Peçamos a ela que nos ajude a cumprir bem a
nossa missão profética e a realizar o programa que Jesus começou a realizar e
deixou para nós continuarmos.
Ele
me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres. Nenhum profeta é
bem recebido em sua pátria.
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
A pneumonia
mental
Escrito por
Luiz Marins
Toda
vez que vejo o frio chegar, lembro-me dos cuidados que temos que tomar para
evitar o resfriado, a gripe e a pneumonia.
Assim, nos agasalhamos, nos resguardamos, tomamos vários cuidados.
Sabemos que ficar expostos ao frio rigoroso por muito tempo pode danificar a
nossa saúde física. Ao mesmo tempo, vejo que não tomamos os mesmos cuidados com
o que chamo de “pneumonia
mental”.
Conheço
muitas pessoas com “pneumonia
mental”. Elas só
enxergam problemas, horrores, desgraça. Só
falam em doenças, mal de outras pessoas; vivem para reclamar de tudo e de todos.
Elas não
acreditam em nada. Nem em si próprias!
Da
mesma forma como não ficamos no frio sem agasalho, pois sabemos os riscos que
corremos, deveríamos evitar pessoas negativas, ambientes carregados de inveja,
notícias ruins que invadem a nossa mente, pois, com certeza, contrairemos “pneumonia mental”.
Da
mesma maneira que é nossa obrigação nos prevenirmos da pneumonia física, é
também obrigação nossa e indelegável, a prevenção da “pneumonia mental”. Se você
se expuser a ambientes negativos, com certeza se tornará
uma pessoa negativa, amarga, sem entusiasmo. Você se tornará uma pessoa doente,
desprovida de força de vontade para enfrentar desafios.
Faça
um exame de consciência e veja se você não se expõe demasiadamente a ambientes
e situações que o farão contrair a pneumonia mental. Faça
uma autoanálise e veja se você tem consciência de que é sua responsabilidade
evitar pessoas e ambientes negativos que façam você sentir-se mal, descrente de
tudo e sem ânimo.
Pense
se você tem consciência de que só você pode tomar esses cuidados e tomar as atitudes
certas para manter-se mentalmente saudável.
Cuide-se
para não se deixar contaminar pela “pneumonia
mental”.
Pense
nisso. Sucesso!
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Seja
a simples mudança de cargo, de casa, de escola, de bairro...
Toda
mudança requer uma nova disposição, um novo pensamento, e quase sempre a
mudança nos pega de surpresa...
Imagine
as mudanças pessoais?
Mudança
repentina de relacionamento, um casamento de anos que termina, um namoro que
tinha tudo para dar certo, um emprego que você jurava que era para sempre....
Para
sempre, engraçado como nós temos esse conceito de "eternidade" dentro
de nós...tudo parece que é para sempre, pelo menos, é o que desejamos, não é
mesmo?
Mas,
não é bem assim.
Se
observarmos a nossa volta, tudo está mudando, e se olharmos bem no espelho, nós
mesmos já mudamos tanto...e quase sempre continuamos nos vendo como naquela
velha foto que mantemos no Orkut, na nossa página pessoal...
É
assim que nos vemos, estacionados no tempo.
Pensar
na morte então, nem pensar!
No
nosso conceito, vamos virar sementes e os que amamos então, vão virar anjos (na
Terra)...
Tudo
de ruim que assistimos na televisão ou lemos nos jornais é sempre com os
outros, na casa dos outros, no país dos outros...na nossa vida imaginamos
sempre flores.
Mas,
as mudanças chegam, por vezes de maneira tão forte, tão repentina que quando
percebemos, já mudamos e olha que nem foi tão difícil...
Porém,
há mudanças que acontecem só do lado de fora, que não refletem no nosso
interior, nós não aceitamos o que já mudou e continuamos "nos
enganado", vivendo uma fantasia, para não aceitar o que já está feito,
pronto e acabado. Isso é viver pela metade, é uma doença quase que sem cura,
daquelas que só a dor ou um choque maior poderão resolver um dia...
Enquanto
isso, a vida segue...as pessoas seguem seus caminhos e você precisa seguir o
seu.
Vamos,
o sol já apareceu, já choveu, já é quase noite e você não pode ficar ai, com os
olhos embaçados, perdidos no tempo que não volta, é hora de reagir e ir, porque
a vida na verdade, é uma grande experiência, uma aula cujos mestres amorosos
aplicam lições práticas, tudo com a intenção de melhorar este ser apaixonante
que é você.
Paulo
Roberto Gaefke
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