Quarta-feira,
12 de setembro de 2012
Sempre que o
homem seguir com sinceridade o caminho da fé, ele será capaz de aproximar-se de
Deus e operar milagres. (Paulo Coelho)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 6,20-26
Jesus olhou
para os seus discípulos e disse:
- Felizes
são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de vocês.
- Felizes
são vocês que agora têm fome, pois vão ter fartura.
- Felizes
são vocês que agora choram, pois vão rir.
- Felizes
são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são
maus por serem seguidores do Filho do Homem. Fiquem felizes e muito alegres
quando isso acontecer, pois uma grande recompensa está guardada no céu para
vocês. Pois os antepassados dessas pessoas fizeram essas mesmas coisas com os
profetas.
- Mas ai de
vocês que agora são ricos, pois já tiveram a sua vida boa.
- Ai de
vocês que agora têm tudo, pois vão passar fome.
- Ai de
vocês que agora estão rindo, pois vão chorar e se lamentar.
- Ai de
vocês quando todos os elogiarem, pois os antepassados dessas pessoas também
elogiaram os falsos profetas.
MEDITANDO
O EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Bem-aventurados
vós, pobres. Mas, ai de vós, ricos.
Neste
Evangelho, Jesus proclama as bem-aventuranças, na versão de Lucas. Primeiro ele
“levantando os olhos para os seus discípulos”. Sinal que as bem-aventuranças
acontecem especialmente com os discípulos.
As
bem-aventuranças são Evangelho, alegre notícia dirigida aos pobres de Deus.
Elas vêm confirmar a transformação social anunciada no magnificat.
De
fato, os pobres são os preferidos de Deus em toda a revelação bíblica, e são os
primeiros destinatários da Boa Nova trazida por Jesus (Cf Lc 4,18-19).
Mt
5,1-12 traz oito bem-aventuranças. Lucas traz apenas quatro, mas acrescenta
quatro ameaças: “Ai de vós...” Essas ameaças esclarecem o sentido das
bem-aventuranças, tanto de Mateus como de Lucas. Porque muitos, ao explicar
esta passagem bíblica, dizem que a palavra “pobre”, para Jesus, significa
“desapegado”; e “rico” significa “ganancioso”. Na prática, isso é torcer a
Bíblia para que ela não me questione. Pobre aqui é pobre mesmo, e rico e rico
mesmo.
A
felicidade messiânica dos pobres, dos famintos, dos que choram e dos
perseguidos por causa da fé cristã comprometida, contrapõe-se à situação perigosa
dos ricos, dos que têm fartura, dos que riem e dos que são aplaudidos por
todos.
As
Bem-aventuranças são um caminho de felicidade diametralmente oposto ao
apresentado pelo mundo pecador. Os cristãos são felizes exatamente naquelas
situações que, segundo o mundo, trazem a infelicidade. Veja o contraste: para o
cristão, felizes os pobres; para o mundo, felizes os ricos. Para o cristão,
felizes os que agora choram; para o mundo, felizes os que agora riem... Por aí
vemos que dois milênios se passaram e a humanidade ainda não entendeu nem vive
o Evangelho de Jesus.
As
Bem-aventuranças estão baseadas em duas grandes verdades: 1) A vida cristã
autêntica, devido à oposição do mundo pecador, leva à pobreza, à aflição etc.
2) Deus assiste os seus filhos e filhas queridos, a ponto de inverter a
situação, transformando em felicidade o que seria infelicidade, em alegria o
que seria tristeza. Portanto, a felicidade dos cristãos não está nesses
tropeços (pobreza, perseguição...), mas na intervenção de Deus em favor dos
seus filhos queridos.
“Vede
que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus! E
nós o somos. Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai” (1Jo
3,1-3).
(Irmãos),
os que tiram proveito deste mundo, (vivam) como se não aproveitassem. Pois a
figura deste mundo passa” (1Cor 7,31).
Ao
contrário dos dez mandamentos, as bem-aventuranças não são leis, nem
mandamentos, nem sequer conselhos. São simplesmente a constatação e a descrição
de um fato que acontece todos os dias em nossas Comunidades e em nossas
famílias. A vida cristã no meio do mundo pecador gera tristezas, que Deus, em
seu poder, transforma em alegrias.
Jesus
não está também dizendo que ser pobre e ser odiado é bom. Nem que esses
tropeços da nossa vida são valores. Também não quis dizer que a felicidade está
em ser pobre, ser insultado etc. A felicidade está em ser filho de Deus.
Portanto,
não devemos procurar esses infortúnios (pobreza, ser odiado, insultado...). O
que devemos é ter paz em meio a todos esses contra tempos, vendo neles um sinal
de predileção de Deus e um sinal de que estamos no caminho certo, no seguimento
do Evangelho.
As
Bem-aventuranças são uma realidade que vemos todos os dias estampada no rosto
das Comunidades cristãs. Os cristãos enfrentam as maiores dificuldades, até o
martírio e, em meio a tudo isso, trazem no rosto um sorriso que ninguém
consegue imitar, e que é identificado até numa fotografia.
S.
Francisco de Assis, no final de sua vida, vivia angustiado com a seguinte
pergunta: “Será que Deus está contente comigo, com o que eu fiz?” Em suas
orações ele pedia todos os dias a Deus: “Senhor, dê-me um sinal, mostrando se
tudo o que eu fiz foi ou não do seu agrado!” De fato, o único desejo de
Francisco era agradar a Deus.
Numa
noite, quando ele acordou, percebeu que estava com as chagas. Parou a angústia,
porque ele viu nas chagas um sinal de amor de Deus por ele, unindo-o com o seu
Filho amado, Jesus Cristo. E daí para frente Francisco ria até às orelhas.
E
foram cinco feridas dolorosas: uma em cada mão, uma em cada pé, e uma no peito.
Elas deram trabalho para Francisco. Ele tinha de fazer curativos e um longo
tratamento. Inclusive, elas limitaram um pouco as suas atividades.
Que
paradoxo, não? Ver como presente de Deus e como sinal do seu amor, cinco
dolorosas feridas! Encontrar a felicidade em chagas! E isso que Deus fez com
Francisco, faz também conosco. Nós não procuramos a cruz, mas, quando ela vem,
justamente pelo fato de estarmos seguindo a Jesus, nós a vemos como um presente
de Deus. A festa de S. Francisco das Chagas é dia dezessete de setembro.
“Bem-aventurados vós que agora chorais, porque havereis de rir!”
Existe
uma Bem-aventurança que não está, nem neste texto de Lucas nem no capítulo
quinto de Mateus. Ela está em Lc 1,45, foi dita por Isabel e se refere à Mãe de
Jesus: “Bem-aventurada aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte
do Senhor será cumprido”. Que Maria nos ensine a amar e viver as
Bem-aventuranças.
Bem-aventurados
vós, pobres. Mas, ai de vós, ricos.
CURIOSIDADES
Há 15 anos
um gato é prefeito de um povoado no Estado de Alasca
Há quase 15 anos ele, ainda gatinho, foi
eleito prefeito. Na altura, alguns moradores qualificaram como indignos, todos
os candidatos ao cargo de prefeito e, como brincadeira, decidiram inscrever o
nome de Stubbs nos boletins de voto. E o gato venceu as eleições.
Apesar de que o cargo de prefeito do povoado
com 900 habitantes tem um caráter puramente cerimonial, o gato tem popularidade
bem real. Os média locais dedicam-lhe artigos e programas. Stubbs tem,
inclusive, uma página no Facebook.
Graças ao “prefeito de rabo”, aumentou
sensivelmente o número de turistas que visitam Talkeetna. Todas as épocas de
verão, vêm ao povoado milhares de curiosos para ver o “prefeito ruivo”. Por conseguinte,
Stubbs cumpre com sucesso sua tarefa principal – engrossar a caixa do povoado.
Futebol
1994
Após o PSV, da Holanda, gastar 6 milhões de
dólares na compra de Ronaldo, o atacante estreia com a camisa do clube. Não deu
sorte: empate em 0 a 0 com o Heerenveen. Contudo, naquela temporada Ronaldo
seria o artilheiro do Campeonato Holandês.
1995
Na final da Supercopa da Taça São Paulo de
Juniores, Palmeiras e São Paulo decidem o título. Com empate em 0 a 0 no tempo
regulamentar, a partida vai para a morte súbita — quem marcar primeiro fica com
o título. A equipe alvi-verde fez o gol de ouro e ficou com a taça.
Infelizmente, torcedores de ambas as torcidas invadiram o campo do estádio
Pacaembu e se degladiaram. Centenas de pessoas ficaram feridas e uma morreu.
1996
Em sua primeira passagem pela Espanha, Ronaldo
estreia com a camisa do Barcelona, na vitória por 2 a 0 sobre o San Lorenzo.
Fonte:- Guia dos curiosos
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se
insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a
alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não
importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida
que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos
pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada
desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por
que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo
enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão
importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Todos
estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos
sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem
mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou
não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos
que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e
dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam e o melhor que fazemos é deixar que elas
realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que
seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos,
vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do
que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças
significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir
embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às
vezes ganhamos e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu
esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua
televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você
sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando e nada mais. Não
há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas
de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são
adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo:
diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma
época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível,
um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil,
mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou
por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era e se transforme em quem é.
Paulo Coelho
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