Segunda-feira,
30 de março de 2015
“Ter fé é um
modo de já possuir aquilo que se espera. É um meio de conhecer realidades que
não se vêem... Ter fé é caminhar como se visse o invisível” (Hb 11,1.27).
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 12,1-11
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
1Seis dias
antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia
ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e
Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro
de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com
seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.
4Então,
falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar:
5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dá-las
aos pobres?” 6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas
porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se
depositava nela.
7Jesus,
porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura.
8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”.
9Muitos
judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por
causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus ressuscitara dos
mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque
por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Antes
de tudo reflita essa frase. Pode até parecer um grande jargão, mas O MUNDO AO
NOSSO REDOR MUDA QUANDO RESOLVEMOS, DE FATO, MUDAR TAMBÉM.
Voltando…
Esse evangelho nos apresenta diversas possibilidades de reflexão entre elas:
ATITUDE, DEDICAÇÃO E O VALOR REAL E APARENTE DAS COISAS.
(…)
Atitude: “Então Maria pegou um frasco cheio de um perfume muito caro, feito de
nardo puro. Ela derramou o perfume nos pés de Jesus e os enxugou com os seus
cabelos”
Quando
realizamos ou desempenhamos uma função seja ela no trabalho, em casa, na
igreja, (…) temos que ter a idéia se isso vale a pena, pois se tivermos a
convicção que isso tem um grande valor teremos mais motivação para dar o máximo
para que este se concretize. Ninguém joga um jogo (nem palitinho) pensando e perder.
Quem entra num jogo sem vontade de dar o seu máximo, não conseguirá motivar
ninguém a jogar com você novamente. Nossas pastorais carecem de gente de
atitude e motivada.
Note
que a vontade de Maria era agradar seu ilustre hóspede, por isso não mediu
esforços para que isso acontecesse. Não estou falando do valor do frasco de
perfume, mas na atitude de ter oferecido o seu melhor para agradar. E nós?
Ofertamos o nosso melhor no que fazemos?
(…)
Dedicação: “E toda a casa ficou perfumada”.
Quando
de fato nos entregamos a algo de todo coração, não há como, o que esta a nosso
redor também não se “contaminar”. Fazer algo com prazer e focado nas pessoas
nos gratifica ao ponto de vermos a graça de Deus pairando sobre o que estamos
fazendo. Isso não se estende somente a igreja, a um grupo, a uma comunidade.
Esse gesto intenso de amor tem grandes frutos nos ambientes de trabalho e de
convívio social.
(…)
valor real e valor aparente: “Este perfume vale mais de trezentas moedas de
prata. Por que não foi vendido, e o dinheiro, dado aos pobres”?
Boa
parte das grandes idéias e ações não sai do papel ou no primeiro ano de
aplicação por falta de convencimento pessoal ou de fé em si mesmo. Pergunte-se:
O que faz ou esta fazendo atualmente lhe agrada? Consegue ver os frutos do seu
trabalho nascer? Esta convencido que não esta sozinho ou que o pensamento ou
idéia não é só seu? Consegue manter um projeto, ideal ou sonho sozinho? Todo
esforço já empenhado valeu a pena?
Conheço
pessoas que tem a sensação que carregam suas comunidades nas costas. E assim
também são no trabalho, em casa, na rua, (…). O que procuram? Refletem sobre
isso?
O
zelo pode também esconder a necessidade que temos de valorização. Ninguém
conseguirá, sem conhecer bem sobre o assunto, apresentar o devido valor a algo
ou a alguém. Para um simples leigo um quadro de Van Gogh não deixará de ser uma
tela qualquer ou um emaranhado de tintas, mas aos olhos de que de fato nos
conhece, sabe o que fazemos e como estamos fazendo.
Maria,
do evangelho de hoje, soube através da simplicidade, a quem deveria agradar.
Não podemos esperar de quem não conhece ou ama, o devido valor pelas coisas que
fazemos. Não fazemos e nem podemos fazer algo apenas por A ou B, pois a
essência do nosso trabalho deve perfumar a casa toda onde todos habitam.
Um
canto não pode agradar apenas minha pastoral; minhas decisões não podem ser tão
individualistas que neguem a entrada dos irmãos. A idéia pode ser minha, mas a
obra é de Deus e por Ele que nos empenhamos.
“(…)
Pois toda casa tem seu construtor, mas o construtor de todas as coisas é Deus.
Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo e testemunha das palavras de
Deus. Cristo, porém, o foi como Filho à frente de sua própria casa. E sua casa
somos nós, contanto que permaneçamos firmes, até o fim, professando
intrepidamente a nossa fé e ufanos da esperança que nos pertence”. (Hebreus 3,
3-6)
O
que faço vale muito! Derrame-se por completo!
Um
imenso abraço fraterno.
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
A elegância
e o mundo do trabalho
Jamais
confunda elegância com “frescura”. Não confunda elegância com superficialidade.
Não confunda elegância com falsidade. Nunca confunda elegância com ausência de
firmeza ou assertividade.
A
palavra elegância tem sua origem na palavra latina “eligere” que quer dizer
“escolher”, “ser escolhido”, “ser eleito”. Ora, uma pessoa “elegante” é pois
aquela que pelo seu comportamento adequado à realidade, por ser polida,
respeitosa, amigável, será sempre uma pessoa “escolhida” dentre as demais.
Ninguém escolherá uma pessoa rude, grosseira, grotesca, tosca, mal educada. Por
isso as pessoas elegantes são as escolhidas.
Assim,
uma pessoa elegante é uma pessoa educada; que sabe se comportar em público; que
não fala o que não deve; que não se envolve em fofocas; que sabe se comportar
ao comer; que se veste com sobriedade; que não fala alto demais; que devolve o
que empresta; que não invade espaços alheios; que sabe ouvir com atenção e
respeito; que sabe dizer “com licença”, “por favor”, “obrigado(a)” e “me
desculpe” - palavras mágicas de um comportamento elegante e que foram
esquecidas em nosso vocabulário empresarial.
Até
mesmo as pessoas simples de uma organização devem cuidar da elegância em seu
sentido correto. Vejo pessoas que se vestem mal, de maneira inadequada,
mulheres com decotes ousados demais, roupas excessivamente justas e impróprias
para um ambiente de trabalho. É preciso ter elegância ao trajar, com o uso de
maquiagem, com as escolhas que faz. Da mesma forma vejo homens mal vestidos,
com roupas que seriam mais apropriadas a um final de semana, chinelos,
camisetas, camisas sujas, etc. Não estou advogando que usemos roupas caras, de
griffe ou sofisticadas. Estou falando de um bom senso ao vestir, adequado a um
ambiente profissional.
A
elegância é necessária porque todos nós passamos as oito melhores horas de cada
dia e os 35 melhores anos da vida no trabalho. Um ambiente “elegante” dignifica
a vida, pois ser elegante é ser civilizado. E a falta de civilidade tem levado
empresas até a prejuízos pois o ambiente ruim não atrai pessoas de talento.
Ninguém deseja trabalhar em ambientes “rudes”, “grosseiros”, onde a falta de
educação e a ausência de polidez são o padrão. E lembre-se que pessoas
elegantes são pessoas simples, humildes, especiais e, por isso, são eleitas
entre as demais. Seja simplesmente elegante!
Pense
nisso. Sucesso!
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Pergunto-me
o que eu teria feito, tivesse eu estado no meio daquela multidão; teria falado
algo por ele, em voz clara e alta?
Teria
andado ao lado dele, descendo aquela suja estrada de pedra? Teria tentado
firma-lo, quando tropeçou com sua carga?
Teria
deixado-o apoiar-se em mim? Eu teria suportado seu peso? Poderia ter ajudado de
algum jeito, facilitado seu grande penar?
Poderia
ter dito palavras adequadas, confortado seu isolamento, compartilhado sua
tristeza?
Pergunto-me
se tivesse estado lá, teria acariciado seu rosto coberto de lágrimas, beijaria
suas mãos ensangüentadas, e lavaria seus pés manchados de sangue?
Teria
massageado seus ombros doloridos, teria passado loção em suas costas, tratado
de suas feridas abertas e fornecido a água que lhe faltou?
Sei
que eu não seria suficientemente bom para voluntariamente tomar o seu lugar,
mas eu poderia ter lhe ajudado a suportar aquela cruz e secado o suor de seu
querido rosto?
Teria
passado meus braços ao redor de sua mãe e a abraçado contra meu peito? Poderia
tê-la protegido da visão da atormentada morte de seu filho precioso?
Poderia
ter ajudado a preparar seu corpo, e lavado-o com perfume? Pergunto-me se eu
tivesse estado lá, teria esperado em seu túmulo?
Sem
nenhuma dúvida naquela manhã de páscoa, eu teria gritado, "ELE
ERGUEU-SE!" e sei que eu teria agradecido à meu Deus, pelo júbilo daquela
ocasião.
A
única coisa que eu poderia ter feito, suponho, se tivesse estado lá, seria
declarar meu amor por Ele.
Mas...
será que não estive?
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