Segunda-feira,
02 de março de 2015.
"Não
procure alguém que te complete. Seja completo sozinho e procure alguém que te
transborde."
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 6,36-38
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 36“Sede misericordiosos, como também o
vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis
e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado.
Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo;
porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
A
leitura desse evangelho denota o quanto ainda precisamos amadurecer como pessoas
e em especial como cristãos, pois geralmente ofertamos as coisas boas apenas a
aqueles que gostamos e escolhemos, tornando assim, o evangelho de hoje, um
grande desafio para cada um de nós.
Existem
várias promessas nele, mas que carecem como já frisamos, de um grande
amadurecimento pessoal e já que estamos na quaresma, aproveitemos, pois o tempo
é esse!
No
entanto, é importante separar e salientar que: A mudança de atitude não pode
ser encarada como uma troca ou permuta (o Senhor faz isso e eu faço isso) e sim
como consequência da mudança. Se passarmos a fazer as coisas aos outros somente
para recebermos algo em troca, de que vale o gesto? Um parêntese: fazemos isso
demais com Deus.
Jesus
apresenta na verdade, uma proposta de MUDANÇA DE VIDA e PARADIGMAS e não
somente uma solução mágica. Ele proporciona também que vejamos os frutos dela.
Muitas
dessas coisas que Ele nos oferece “chocam” com o nosso jeito egoísta de ser e
se comportar, ou será que nos imaginamos hoje perdoando quem nos ofendeu ou se
calando (evitando fofocas) quando alguém nos difama, critica ou ataca? Ainda
não é fácil! Se nos batem, queremos partir pra cima; se nos ofendem procuramos
sempre algo ainda maior que nos faça vencedor… Somos reféns da “última palavra”
(hunf)
Marcos,
em um trecho de sua narrativa (Marcos 4, 26-27), apresenta o reino de Deus como
a semente que cresce e nós nem a percebemos. Ao mudar minha forma de pensar ou
responder as agressões que recebo, SEM PERCEBER, começo a permitir que o reino
de Deus cresça dentro de mim diferentemente daqueles que buscam aos bons atos
ou caridade ou a denúncia do pecado sem a devida acolhida como forma
autopromoção.
“(…)
Enquanto isso, os homens se tinham reunido aos milhares em torno de Jesus, de
modo que se atropelavam uns aos outros. Jesus começou a dizer a seus
discípulos: GUARDAI-VOS DO FERMENTO DOS FARISEUS, QUE É A HIPOCRISIA. Porque
não há nada oculto que não venha a descobrir-se, e nada há escondido que não
venha a ser conhecido. Pois o que dissestes às escuras será dito à luz; e o que
falastes ao ouvido, nos quartos, será publicado de cima dos telhados”. (Lucas
12, 1-3)
Se
existe algo que precisa ser policiado em nossas vidas e a língua e o
pensamento, pois sobre eles não temos muito controle. Imaginemos que o controle
que temos sobre eles é análogo quando, sem querer, chutamos, com o dedinho do
pé, a perna mesa ou a mesinha de centro da sala. É difícil não querer xingar,
mas é desse controle , no momento de raiva, da dor, da revolta, de que estou
falando. “(…) Não julguem os outros, e Deus não julgará vocês. Não condenem os
outros, e Deus não condenará vocês. Perdoem os outros, e Deus perdoará vocês.
Dêem aos outros, e Deus dará a vocês”.
Sim,
a proposta é desafiadora, mas deve começar no reconhecimento, que não nos
esforçamos ou empenhamos no limite das forças, portanto, continuemos a tentar…
O próprio escritor do livro de Daniel (primeira leitura) deixa claro que a
primeira fase dessa mudança consiste em reconhecer que também somos falhos e
precisamos também mudar
“(…)
‘Eu te suplico, Senhor, Deus grande e terrível, que preservas a aliança e a
benevolência aos que te amam e cumprem teus mandamentos; 5temos pecado, temos
praticado a injustiça e a impiedade, temos sido rebeldes, afastando-nos de teus
mandamentos e de tua lei; 6não temos prestado ouvidos a teus servos, os
profetas, que, em teu nome, falaram a nossos reis e príncipes, a nossos
antepassados e a todo o povo do país. 7A ti, Senhor, convém a justiça; e a nós,
hoje, resta-nos ter vergonha no rosto:seja ao homem de Judá” (Daniel 9, 4b -7),
Quaresma
é um tempo de reflexão, oração e se for o caso, arrependimento, pois não surge
o arrependimento verdadeiro se não vir uma profunda reflexão.
Reflitamos
hoje com mais atenção o que diz o ato de contrição, trazendo a mente se de fato
estamos empenhados a controlar nossos instintos, quereres e nosso ímpeto em
prol dos outros.
Senhor,
eu me arrependo sinceramente DE TODO MAL QUE PRATIQUEI E DO BEM QUE DEIXEI DE
FAZER. Pecando, eu vos ofendi, meu Deus e sumo bem, digno de ser amado sobre todas
as coisas. PROMETO FIRMEMENTE, ajudado com a vossa graça, fazer penitência e
fugir às ocasiões de pecar. Senhor, tende piedade de mim, pelos méritos da
paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, nosso Salvador. Amém!
Um
imenso abraço fraterno!
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
A deslealdade
entre colegas de trabalho
Luiz Marins
Uma
das maiores reclamações entre colegas de trabalho é a deslealdade. E aqui vale
a pena esclarecer: a lealdade só é virtude quando ligada a outra virtude. Não
devemos ser leais a pessoas desonestas, desleais, falsas, mentirosas. O
problema é que a deslealdade gera deslealdade. Assim, uma pessoa justifica sua
deslealdade pela deslealdade das outras pessoas, criando um círculo vicioso sem
fim.
Na
pesquisa que fizemos, as pessoas disseram não ter condições de agirem com
lealdade porque seus colegas não são leais. E quando perguntamos quem deveria
ser leal primeiro, a resposta é sempre - o outro. Como quebrar este círculo
vicioso?
Quando
perguntamos qual a maior deslealdade entre colegas de trabalho, as pessoas
disseram: “o colega segura ou sonega informações
relevantes para o sucesso do meu trabalho”, “cria armadilhas para eu cair”, “não me avisa de situações que podem
me prejudicar no trabalho”, etc.
A
realidade é que todos, sem exceção, afirmaram ser vítimas de deslealdade de
seus colegas. Assim, fica claro, que todos saem perdendo nessas relações
desleais. Não há ganhadores. Só perdedores. E essa realidade já nos mostra um
caminho para o enfrentamento do problema, pois se todos perdem, é claro que
todos, ao menos teoricamente, deveriam ter interesse numa solução.
E
a única solução parece ser o diálogo franco, aberto, mais uma vez, leal, entre
colegas de trabalho, para que a situação fique explícita, e com o dedo na
ferida, as pessoas possam tomar consciência de que chegou a hora de mudar, pois
novamente, todos estão perdendo.
Minha
sugestão é, pois, que as empresas comecem a enfrentar esse problema da
deslealdade entre colegas de trabalho de forma aberta e franca e comece a criar
mecanismos para que as pessoas possam mudar seu comportamento e deixem essa
prática de auto-engano, em que todos perdem imaginando-se expertos. É preciso,
com urgência e seriedade, transformar as oito horas de trabalho em horas mais
produtivas, menos tensas, mais alegres. É preciso restituir o clima de
confiança e coleguismo puro ao ambiente de trabalho.
Pense
nisso. Sucesso!
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Vez
que outra, é bom nos determos, por alguns minutos, para refletir um pouco sobre
a ação da amizade em nossas vidas.
A
amizade é o sentimento que une as almas umas às outras, gerando alegria e
bem-estar.
A
amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da
emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.
Inspiradora
de coragem e de abnegação, a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com
resistências para as lutas.
Há,
no mundo moderno, muita falta de amizade!
O
egoísmo afasta as pessoas e as isola.
A
amizade as aproxima e irmana.
O
medo agride as almas e as infelicita.
A
amizade apazigua e alegra os indivíduos.
A
desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando
os corações.
Na
área dos amores de profundidade a presença da amizade é fundamental.
Ela
nasce de uma expressão de simpatia e firma-se com as raízes do afeto seguro,
fincadas nas terras da alma.
Quando
outras emoções se enfraquecem no vaivém dos choques, a amizade perdura,
companheira devotada das pessoas que se estimam.
Se
a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria. Ela é
meiga e paciente, vigilante e ativa.
Discreta,
se apaga, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.
Sustenta
na fraqueza e liberta nos momentos de dor.
A
amizade é fácil de ser vitalizada.
Cultivá-la,
constitui dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra o
êxito, se avança com aridez na alma ou indiferente ao enlevo da sua fluidez.
Quando
passam os impulsos sexuais do amor nos cônjuges, a amizade fica.
Quando
a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade,
não se rompem os liames da união.
A
amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões, dá-nos até hoje, a
dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o
passo inicial para essa conquista superior que é a meta de todas as vidas e
mandamento maior da Lei Divina.
Existe
uma ciência de cultivar a amizade e construir o entendimento. Como acontece ao
trigo, no campo espiritual do amor, não será possível colher sem semear.
Examine,
pois, diariamente, a sua lavoura afetiva.
Irrigue-a
com a água pura da sinceridade, do perdão, da atenção.
Sem
esquecer jamais do adubo do amor, do carinho e do afeto.
Imite
o lavrador prudente e devotado, e colherá grandes e precisos resultados.
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