Sexta-feira,
12 de dezembro de 2014
“Que neste Natal, eu possa acreditar que o
mundo ainda pode ser melhor, e faça por ele uma prece de fé.”
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 1,39-47
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
39Naqueles
dias Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma
cidade da Judéia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando
Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou
cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: "Bendita és tu
entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a
mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus
ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que
acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu". 46Então
Maria disse: "A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se
alegra em Deus, meu Salvador".
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Bendita
és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!
Hoje
é com alegria que nós celebramos a festa de NOSAS SENHORA DE GUADALUPE, a
Padroeira da América Latina. O Evangelho nos apresente a solicitude de Maria,
indo apressadamente ajudar a prima Isabel, e a saudação de Isabel: “Bendita és
tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” Essa sua solicitude
não parou na sua Assunção, pelo contrário, ela se multiplicou e se estendeu
pelos séculos, especialmente nos seus santuários.
Vejamos
um pouquinho da história deste título da Mãe de Jesus e nossa. No Séc. XVI, o
México ainda era colônia da Espanha, havia, em um lugarejo chamado Gradalupe,
um jovem índio asteca, cristão católico, chamado Juan Diego Cuauhtlatoatzin,
que hoje é santo canonizado. Juan Diego foi o nome que ele ganhou no batismo.
Guadalupe ficava pertinho da capital mexicana. Hoje faz parte da Grande México.
Dia
nove de dezembro de 1531, Juan Diego estava em cima de uma colina, Maria
Santíssima lhe apareceu e disse: “Filho, vá até a cidade e peça ao bispo que
construa para mim um santuário aqui neste local”.
Juan
foi, transmitiu o recado ao bispo, mas este não deu importância.
Passado
um bom tempo, Juan vê novamente a Virgem, no mesmo local. Ela repetiu o pedido.
O jovem voltou ao bispo e insistiu chorando para que atendesse Nossa Senhora.
O
bispo então lhe falou: “Se ela aparecer de novo, peça-lhe um sinal, a fim de
sabermos se o pedido vem mesmo da mãe de Jesus”.
Dias
depois, Diego estava indo apressadamente à cidade do México, que naquele tempo
era bem pequena, a fim de chamar um padre para atender o seu tio que estava
muito mal.
Quando
passava em cima da colina Maria lhe aparece novamente e diz: “Caro filho, não
se preocupe com a saúde do seu tio, ele sarou”.
Diego
então tirou o seu manto e o estendeu aos pés dela, para lhe prestar homenagem.
Era assim que os astecas homenageavam as pessoas.
Logo
depois, ficou deslumbrado. De um momento para outro, o seu manto ficou coberto
de flores belíssimas, perfumadas e recém desabrochadas. Isso, apesar de ser
inverno, tempo em que não existem flores na região.
Maria
então lhe falou: “Leve este seu manto, com as flores, e o estenda na frente do
bispo, como prova”.
Diego
levou e, para surpresa de todos, quando abriu o manto na frente do bispo, havia
nele uma belíssima estampa de Maria Santíssima, exatamente como lhe aparecia!
Todos os que estavam ali ficaram impressionados com o prodígio.
Pegaram
o manto com cuidado e o colocaram na capela da casa do bispo, até que fosse
erguido o santuário. Depois de construído, o manto foi levado para lá.
O
afluxo de peregrinos foi aumentando, aumentando... E continua aumentando até
hoje. Atualmente recebe catorze milhões de peregrinos por ano.
É
difícil comparar o Santuário de Guadalupe com o de Aparecida, em termos de
peregrinos. Porque Aparecida tem menos visitantes, nove milhões por ano, mas a
cidade é pequena e os romeiros têm de fazer longas viagens. Ao passo que
Guadalupe faz parte da Grande México, que tem quase vinte milhões de
habitantes, e tem metrô que leva ao santuário.
O
quadro de N. Sra. de Guadalupe mostra a Mãe de Jesus de corpo inteiro e
grávida, combinando com o tempo em que apareceu: o advento.
Ela
tem o mesmo rosto das índias mexicanas. Usa um vestido vermelho e um manto azul
cheio de estrelas. Tem as mãos postas como quem está rezando. E carrega no
braço um pano marrom, que era o distintivo das índias mexicanas grávidas.
Maria
está pisando em cima da lua. Os índios astecas adoravam a lua. Foi naturalmente
um pedido a eles para que não adorassem a lua, e sim o seu Criador.
Ela
está cercada de nuvens e é sustentada por um anjo, indicando a sua assunção ao
céu.
O
quadro lembra a segunda vinda de Cristo, que é uma das marcas do advento. Jesus
veio no Natal, há mais de dois mil anos, mas voltará. A nível cósmico, esta sua
segunda vinda acontecerá no fim do mundo. Mas, a nível pessoal, ela será após a
nossa morte, quando nos encontraremos com Cristo Juiz.
Outro
detalhe: Naquela época, no México, os índios estavam sendo cruelmente
escravizados pelos espanhóis. Não aparecendo para um espanhol, e sim para um
índio, Maria está condenando a escravatura. Tanto nos Evangelhos como nas
várias aparições, Maria nos mostra um coração cheio de amor pelo seu Filho,
pelas mulheres e pelos excluídos.
O
primeiro milagre de N. Sra. de Guadalupe foi a cura de um enfermo, o tio de
Juan Diego.
No
quadro, ela tem as mãos postas, em oração.
Peçamos
a N. Sra. de Guadalupe que, assim como conseguiu de Deus a saúde para o tio de
seu querido Juan Diego, que interceda por nós também, a fim de que tenhamos a
saúde do corpo e da alma.
Bendita
és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!
CULINÁRIA
Gorduchinho
de Chocolate
Ingredientes
2
colheres (sopa) de margarina sem sal
1
kg de batata bem cozida sem casca e processada (passada no processador)
2
copos (tipo americano) de leite quente
1
lata de leite condensado
500
g de chocolate branco derretido
500
g de chocolate meio amargo derretido
modo
de preparo
1-
Numa panela fora do fogo coloque 2 colheres (sopa) de margarina sem sal, 1 kg
de batata cozida sem casca e processada, 2 copos (tipo americano) de leite
quente, 1 lata de leite condensado e mexa até formar um purê homogêneo. Divida
o purê em duas tigelas.
2-
Na primeira tigela acrescente 250 g de chocolate branco derretido e misture
bem. Na segunda tigela faça a mesma coisa acrescentando 250 g de chocolate meio
amargo derretido e misturando bem.
3-
Com o auxílio do saco de confeiteiro faça a montagem do doce em taças, formando
listras ou o desenho que desejar. Sirva gelado.
Bolo de
Chocolate de Liquidificador
Ingredientes
Massa
-
1 xícara (chá) de leite morno
-
3 ovos
-
4 colheres (sopa) de margarina derretida
-
2 xícaras (chá) de açúcar
-
1 xícara (chá) de chocolate em pó
-
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
-
2 colheres (chá) de fermento em pó
Como
Fazer a Cobertura
-
1 xícara (chá) de açúcar
-
3 colheres (sopa) de amido de milho
-
5 colheres (sopa) de chocolate em pó
-
1 xícara (chá) de água
-
1 pitada de sal
-
3 colheres (sopa) de margarina
-
1 colher (chá) de essência de baunilha
Modo
de Preparo
Bata
bem todos os ingredientes da massa no liquidificador (ela cresce bem). Coloque
em uma forma redonda, untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo.
Asse por cerca de 40 minutos em forno médio (180ºC), pré-aquecido. Para a
cobertura, leve todos os ingredientes ao fogo até engrossar em ponto de brigadeiro.
Cubra o bolo em seguida.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
O
Dr. Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e fundador do Instituto M.K. Gandhi
para a Vida Sem Violência, em sua palestra de 9 de junho, na Universidade de
Porto Rico, compartilhou a seguinte história como exemplo da vida sem violência
exemplificada por seus pais:
"Eu
tinha 16 anos e estava vivendo com meus pais no instituto que meu avô havia
fundado, a 18 milhas da cidade de Durban, na África do Sul, em meio a
plantações de cana de açúcar.
Estávamos
bem no interior do país e não tínhamos vizinhos. Assim, sempre nos
entusiasmava, às duas irmãs e a mim, poder ir à cidade visitar amigos ou ir ao
cinema.
Certo
dia, meu pai me pediu que o levasse à cidade para assistir a uma conferência
que duraria o dia inteiro, e eu me apressei de imediato diante da oportunidade.
Como
iria à cidade, minha mãe deu-me uma lista de coisas do supermercado, as quais
necessitava, e como iria passar todo o dia na cidade, meu pai me pediu que me
encarregasse de algumas tarefas pendentes, como levar o carro à oficina.
Quando
me despedi de meu pai, ele me disse: 'Nós nos veremos neste local às 5 horas da
tarde e retornaremos à casa juntos.'
Após,
muito rapidamente, completar todas as tarefas, fui ao cinema mais próximo.
Estava tão concentrado no filme, um filme duplo de John Wayne, que me esqueci
do tempo. Eram 5:30 horas da tarde, quando me lembrei.
Corri
à oficina, peguei o carro e corri até onde meu pai estava me esperando. Já eram
quase 6 horas da tarde.
Ele
me perguntou com ansiedade: 'Por que chegaste tarde?' Eu me sentia mal com o
fato e não lhe podia dizer que estava assistindo um filme de John Wayne. Então,
eu lhe disse que o carro não estava pronto e que tive que esperar... isto eu
disse sem saber que meu pai já havia ligado para a oficina.
Quando
ele se deu conta de que eu havia mentido, disse-me: 'Algo não anda bem, na
maneira pela qual te tenho educado, que não te tem proporcionado confiança em
dizer-me a verdade.
Vou
refletir sobre o que fiz de errado contigo. Vou caminhar as 18 milhas à casa e
pensar sobre isto.'
Assim,
vestido com seu traje e seus sapatos elegantes, começou a caminhar até a casa,
por caminhos que nem estavam asfaltados nem iluminados. Não podia deixá-lo só.
Assim, dirigi por 5 horas e meia atrás dele... vendo meu pai sofrer a agonia de
uma mentira estúpida que eu havia dito.
Decidi,
desde aquele momento, que nunca mais iria mentir.
Muitas
vezes me recordo desse episódio e penso.. Se ele me tivesse castigado do modo
que castigamos nossos filhos... teria eu aprendido a lição?... Não acredito...
Se
tivesse sofrido o castigo, continuaria fazendo o mesmo...
Mas,
tal ação de não-violência foi tão forte que a tenho impressa na memória como se
fosse ontem...
Este
é o poder da vida sem violência.
Sérgio
Barros
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